seg, 25 de novembro de 2024

Variedades Digital | 23 e 24.11.24

Após semana de briga na Justiça, serviço de hemodiálise continua com a Prefeitura

Cardio Nefroclínica foi requisitada pela prefeita Ana Tarouco, que passou administrar o serviço na cidade
(Foto: Rodrigo Evaldt/AP)

A semana foi de tensão para os pacientes atendidos no serviço de hemodiálise da Cardio Nefroclínica de Sant’Ana do Livramento. Isso porque a Prefeitura requisitou o serviço, os bens e o pessoal da instituição e passou a administrá-la, a partir de sábado (03), afastando o fundador e até então diretor técnico, médico João José Freitas, de suas funções.
Desde às 6h da manhã, a equipe de técnicos em enfermagem da empresa voltou ao trabalho e passou a receber os pacientes. Freitas não foi autorizado a entrar no local. A prefeita Ana Tarouco (PL) afirmou que tomou essa decisão “porque ele não trabalha mais ali”. “Aquele espaço agora é da Santa Casa e trabalha quem nós entendemos que deva trabalhar, não é o caso dele”, disse.

JUSTIÇA DÁ RAZÃO À PREFEITURA

Ao longo da semana, diversas atuações na esfera judicial não autorizaram o retorno do médico à empresa. Ainda no domingo (04), a Justiça negou uma liminar, em regime de plantão. Na quarta-feira (07), o desembargador Leonel Pires Ohlweiler, da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul também indeferiu o pedido de antecipação da tutela e manteve a decisão da prefeita. Na mesma linha, o juiz Gildo Meneghello Junior, da 1ª Vara Cível de Livramento negou o pedido de reconsideração, pois não havia outro objeto na solicitação feita pela Cardio. Meneghello reforçou que a empresa não colheria sucesso porque a decisão “apresenta razões de direito e de fato com as quais este magistrado concorda e adere pela procedência veemente de sua fundamentação”.

COM PARTE DA EQUIPE NOVA, PACIENTES TENTAM SE ADAPTAR

A Plateia conversou com alguns pacientes, ao longo da semana. Eles relataram o estado apreensivo pelo qual passaram, especialmente nos primeiros dias, já que não encontraram na clínica o médico com o qual estavam acostumados. Muitos, já pacientes antigos do espaço, reencontraram profissionais que, em outros anos, trabalhavam lá, como médicos, enfermeiros e técnicos.
Questionada sobre esse tema e se haveria a possibilidade de os pacientes escolherem os profissionais que vão tratá-los, a prefeita explicou que haverá uma distinção: quando a Santa Casa assumir o serviço, alguns profissionais médicos estarão conveniados pelo SUS e vinculados ao hospital; no caso de particulares e convênios, terão outras opções nessa esfera.
Desde segunda-feira (05), o serviço de hemodiálise tem como responsável médico o nefrologista João Augusto de Vasconcellos, que vem atuando em conjunto com o médico Nelson Eula, que já trabalhou na Cardio Nefroclínica. “O médico que não persiste neste momento, é o doutor Freitas, porque há mais de um ano a gente vem tentando um diálogo, uma transição e infelizmente ele inviabilizou”, explicou Ana.

CONTRAPONTO

Ao longo da semana, A Plateia procurou reiteradas vezes o médico João Freitas para que ele se manifestasse sobre o caso. Até o fechamento desta reportagem, o profissional não se manifestou.

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