Um dia depois de ter um pedido de cassação de seu mandato protocolado na Câmara Municipal, o vereador Felipe Torres (UNIÃO) quebrou o silêncio e concedeu entrevista, na manhã desta terça-feira (08); disse que as acusações feitas pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) são levianas.
Segundo o parlamentar, não há surpresa no pedido. “Eu não fico surpreso, vindo de quem veio, a surpresa é zero. Censura, perseguição política, de um partido que, na última eleição ficou sem nenhum vereador. Querem criar um fato de maneira absurda para tentar criar fama e capital político”, afirmou.
No documento protocolado pelo secretário geral do PSOL, Fabiano Benites, afirma que o vereador incorreu em quebra de decoro parlamentar “ao participar de movimento que questiona a legitimidade da eleição do dia 30/11/2022 e que pede intervenção federal”.
O vereador classificou a denúncia como absurda e afirmou que, no dia em que teve no protesto, se fez presente porque discordava da maneira que estava acontecendo. “No meu ponto de vista (o protesto) traria graves problemas para o município como falta de alimentos, combustíveis e medicamentos, que são essenciais para a nossa cidade, tanto é que eu tive cerca de 30 minutos no local e depois houve o desbloqueio”, explicou.
Felipe destacou que existem pessoas que se intitulam “donos da democracia”. “Se tiver o mesmo pensamento, é democrático, se tiver qualquer outro tipo de pensamento ou manifestação essa pessoa se torna antidemocrática. Eu aproveito para agradecer a população de Sant’Ana do Livramento, pois tenho recebido centenas de mensagens”, destacou.
Na sequência, Felipe disse que jamais pediu golpe militar. “Como é que eu vou fazer um tipo de manifestação dessas, estando na Câmara de Vereadores, sendo eleito democraticamente”, questionou.