qua, 8 de janeiro de 2025

Variedades Digital | 04 e 05.01.25

The winter don’t se vai embora, tchê!

Buenas!

Que friaca sem fim, tchê! Em uma tradução livre, a frase resgata a síntese do título. Sim, eu sei que a sentença eternizada pela série Game of Thrones é “The winter is coming!”, citada ao longo dos oito anos em que o seriado dominou nossas telas. Atualmente, no sul do Brasil, o inverno não quer ir-se embora, de jeito e maneira!

Nunca vi um outubro assim!”, disse uma senhora toda encasacada no elevador, dia destes. Ela enfrentou ao menos uns setenta invernos e sobreviveu a todos, restando vincos e rugas como cicatrizes, vestindo como armadura meia-calça grossa, cachecol e touca na cabeça.

Difícil explicar para os estrangeiros, sejam eles os que moram fora do Brasil, sejam os brasileiros que não têm passaporte emitido nos pampas, que aqui no Rio Grande estamos acostumados a viver as quatro estações, muitas vezes no mesmo dia. E, costumeiramente, em agosto a friaca se vai, setembro esquenta e outubro, apesar de ser primavera, traz consigo os bafões como prenúncio do verão.

Não é o caso atual, em que chuva, vento e frio alternam com chuviscos, nuvens, muito vento e, vez ou outra, um sol tão tímido quanto lâmpada de geladeira prestes a vencer…

Mas frio de renguear cusco está se avizinhando dos europeus. A invasão da Ucrânia pela Rússia, que começou em fevereiro deste ano – apesar de ter raízes centenárias -, bagunçou todo o planeta. A pobre humanidade mal se recuperava da crise provocada pela pandemia, vieram os russos complicar de novo. Agora, no segundo semestre, quando a brincadeira aparentava ir para um armistício, Putin decretou a anexação de alguns territórios conquistados e com prévia sanha separatista. Acontece que os ucranianos mantêm o ímpeto de proteger seu território.

Resultado disso tudo? Voltaram os bombardeios às cidades da Ucrânia, resultando mortos e feridos civis, numa atitude covarde e agressiva por parte de Putin. A Europa e os EUA reclamam, protestam e mandam mais dinheiro e armamento para fomentar a defesa do pequeno país agredido pelo gigante russo. Em contrapartida, o déspota ameaça cortar o fornecimento de gás para os países europeus.

Se a intimidação virar realidade, aí sim o inverno pode is coming congelante para os moradores do velho continente. Segundo os meteorologistas, o clima tem piorado nos últimos tempos: o verão vem batendo recordes de calor e o inverno com frio mais do que intenso no mundo todo, culpa do aquecimento global.

O aquentamento global – que também gera frio intenso, dependendo do hemisfério – é aquele mesmo que os negacionistas dizem não existir. A friaca sulista e o calor terrível que assolou o verão europeu, além da falta de chuva no primeiro semestre em alguns pontos do Brasil, têm como origem o desmatamento, a poluição excessiva, a superpopulação, e outros etc. já citados aqui e comentados pela imprensa de tempos em tempos.

E o que os europeus podem fazer diante da ameaça russa de fechar as torneiras do gás, a principal fonte de energia para aquecer a população? Apelar para fontes antigas e poluidoras, como as usinas a carvão e as termonucleares. Mas elas não estavam em processo de extinção devido ao efeito poluidor? Estavam, caro leitor, porém, diante das agruras de uma guerra, precisarão ser acionadas…

Mundo, mundo, vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo, isso seria uma rima, não uma solução”, diria Drummond em um de seus primeiros poemas. Nem ele nem eu temos o nome que rima com mundo, muito menos temos a solução dos problemas que assolam os europeus. O frio intenso do inverno – o mesmo que derrotou Napoleão quando invadiu a Rússia no início do século XIX – seria ameaça suficiente, mesmo assim, o mandatário russo tenta atemorizar com armas nucleares. É muita falta de noção!

Mas isso acontece na Europa, não nos afeta diretamente!, diz um leitor mais apressado. Caro amigo, respire e sente. Saiba que a guerra como está já te obriga a pagar mais caro teu cacetinho sagrado de todo dia – pão francês, caro leitor brasileiro. Boa parte do trigo que abastece o mundo vem dos países em contenda.

A inflação galopou mundo afora, pelo bel prazer de um septuagenário ditador russo. Imagine o que irá acontecer se ele soltar uma de suas famigeradas bombas nucleares. Melhor nem imaginar, esqueça.

O que podemos fazer então?, perguntou o mesmo leitor, agora sentado e com os olhos um tanto arregalados. Bem, difícil definir. No momento, estou com minha touca estratégica, tomando um café bem quentinho, tentando lidar com estas notícias complicadas e com o frio que não acaba por estas bandas.

Contudo, apesar do frio quase desumano que vivenciamos, metaforicamente falando, ao me aproximar do findar dessa missiva eletrônica, olhei pela janela e vislumbrei uma nesga de sol rasgando as nuvens do preconceito, trazendo um pouco de calor aos corações enregelados pela falta de bom senso…

Já estava mais do que na hora!

***

P.S. Neste final de semana estarei lançando meu segundo livro, BUENAS! Ponderações sociais e literárias em tempos pandêmicos”, em Porto Alegre. O livro reúne as melhores crônicas publicadas entre 2020 e 2021 neste espaço de prestígio do jornal A Plateia.

Já disponível nas melhores livrarias virtuais e no site da Livraria Atlântico.

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