Na manhã desta segunda-feira, 1º de agosto, os moradores da região do Itaquatiá e do Upamaroty realizaram um pedágio solidário em prol do conserto e da melhoria da ponte conhecida como Sanga do Severo. Segundo um dos organizadores do movimento, o produtor rural Jorge da Silva, a iniciativa visou mobilizar os moradores da região que possui diversos assentamentos, entre eles, o assentamento Roseli Nunes, afim de que os produtores rurais contribuíssem com algum tipo de valor para que a estrutura da ponte pudesse ser recuperada.
O produtor rural destaca que a prefeitura já manifestou interesse em fazer a recuperação da área, realizando, inclusive um, levantamento do material necessário para reconstrução da ponte.
A reportagem do Jornal A Plateia e da Rádio RCC FM esteve na localidade na manhã de hoje e pôde conferir a situação precária da estrada que leva até a região. No local, onde estava acontecendo a mobilização dos produtores, fica situado cerca de 27 km do centro do município de Sant’Ana do Livramento. Segundo alguns produtores rurais, o trecho que, em condições normais, poderia ser percorrido pelos moradores da região em aproximadamente 20 minutos, e por conta das péssimas condições da estrada quem transita pela localidade leva no mínimo de 40 minutos a uma hora para se percorrê-lo.
“A gente resolveu se mobilizar junto com todo o pessoal que é usuário da estrada e fazer um pedágio rural espontâneo. Foi feito um levantamento e, para arrumar a ponte, a prefeitura precisa de 40 sacos de cimento e mais alguns materiais, como areia e brita. E eles têm como fornecer somente 20 sacos de cimento. Então, estamos nos mobilizando para tentar conseguir esse material para tentar solucionar o problema da ponte, porque para a estrada já conseguimos umas cargas de balastro para colocar nos locais mais emergenciais porque a situação é bastante complicada. Só eu, perdi quantas vezes me estragou a camionete , furando pneu e quebrando o cárter.
Segundo o produtor, além do problema em cima da “planchada” que está desmoronando, as condições da estrada é outro agravante.
“Todo o dia se encontra alguém empenhado na entrada. No último sábado, por exemplo, um caminhão de ração atolou e ficou um tempão parado. Depois que ele seguiu viagem, chegou na ponte e ela estava alagada, então ele teve que esperar mais ainda, porque não dava para passar nem por cima, nem por baixo, porque a ponte está estragada”.