Na última quarta-feira (26), o Instituto Federal Sul Riograndese (IFSul) reuniu os alunos do ensino médio integrado, técnico subsequente e superior para apresentar o projeto Dignidade Menstrual e Educação Sexual.
A ação foi organizada pelos núcleos de Gênero e Diversidade (NUGEDS), Gestão Ambiental Integrada (NUGAI) e Promoção e Prevenção em Saúde (NUPPS), com o objetivo de divulgar e promover a forma como serão distribuídos os absorventes reutilizáveis e ecológicos para as estudantes que quiserem participar do Projeto.
De acordo com a direção do IF, para que as alunas ficassem a vontade para conversar sobre o tema, os alunos foram realocados em outra sala onde uma atividade direcionada ao sexo masculino acontecia.
“Para que as alunas pudessem ficar muito à vontade para falar sobre o seu corpo, sexualidade, ciclo menstrual e tudo o que envolve a dignidade menstrual é que os alunos do campus foram conduzidos para outro recinto, a fim de participarem de uma atividade paralela que envolveu diversos assuntos ligados à sexualidade, tais como: prevenção de infecções sexualmente transmissíveis; educação sexual; demonstração do uso e distribuição de preservativos masculinos e femininos; cuidados específicos da saúde física e mental (com foco na saúde masculina); distribuição de material informativo; comunicação não violenta; e diversos diálogos entre os participantes”, destacou a direção.
Produção dos absorventes
Os absorventes serão financiados pelo Instituto através de verba federal e doação do SINASEFE-IFSul (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) e serão produzidos pelo Ateliê Entre Pontos, da Casa de Ecosol, com algodão orgânico da Justa Trama.
O projeto tem por objetivos principais:
– garantir a dignidade menstrual de todas as alunas;
– reduzir o impacto econômico que o custo dos absorventes descartáveis têm sobre o orçamento das famílias;
– garantir que nenhuma aluna falte a aula por não ter absorvente (ou ainda que tenha que utilizar outras formas indignas de sanar essa necessidade);
– gerar trabalho e renda para as mulheres que trabalham aqui na Fronteira com a economia popular solidária;
– diminuir os danos ecológicos que o descarte dos absorventes industrializados provoca no meio ambiente;
– realizar uma experiência-piloto no campus Sant’Ana do Livramento que, caso seja bem sucedida, possa ser expandida para os demais campi do IFSul.
Debora Castro