O SIMERS – Sindicato Médico do Rio Grande do Sul informou, na noite dessa quarta-feira (20), que os médicos que entregaram as cartas de rescisão à Santa Casa de Misericórdia, deliberaram por manter a ruptura contratual. Após isso, os vereadores: Duda Amaral (Progressistas), Eva Coelho (PDT), Felipe Torres (UNIÃO) e Romário Paz (MDB) foram até o nosocômio, por volta da meia noite desta quinta-feira (21), para questionar o hospital quanto ao fato. Eles foram recebidos por um médico.
“A gente vem para saber uma resposta do que iria acontecer a partir da meia noite e nós fomos recebidos pela portaria da Santa Casa e fomos até o Pronto Socorro para verificar todas as informações. O hospital continua trabalhando normal. O que não será feito neste momento são as cirurgias eletivas”, comentou o vereador Romário Paz.
Agora, os parlamentares aguardarão a reunião que deve acontecer entre a direção da Santa Casa e o Executivo Municipal na manhã desta quinta-feira, para saber quais serão os próximos passos.
O Sindicato Médico realizou uma assembleia geral extraordinária no dia 19 de julho e, por decisão unânime, os profissionais médicos decidiram que não aceitam a proposta feita por parte da Santa Casa e poder Executivo Municipal que era: o pagamento integral dos salários dos profissionais médicos referente ao mês de junho de 2022, até o dia 25 de julho de 2022; o pagamento parcelado dos salários dos profissionais médicos referente ao mês de maio de 2022, em 7 parcelas mensais e consecutivas, a contar de 25 de agosto de 2022; a abertura de tratativas para análise conjunta das dívidas pretéritas, com reunião a ser designada no mês de agosto, por meio de mediação do Ministério Público.
Na mesma Assembleia, igualmente de forma unânime, os profissionais médicos deliberaram no sentido de ofertar a seguinte contraproposta ao hospital:
1) Os profissionais médicos aceitam retornar às suas atividades, tornando sem efeito as cartas de rescisão se a Santa Casa e/ou a atual interventora, pagar IMEDIATAMENTE e de forma INTEGRAL, as remunerações do mês de maio e junho de 2022; e
2) aceitam parcelar o mês de dezembro de 2020 em seis parcelas mensais e
consecutivas, a contar de 25 de agosto de 2022;
3) abertura de tratativas para análise conjunta das dívidas pretéritas, com reunião a
ser designada no mês de agosto, por meio de mediação do Ministério Público;
4) mediante o aceite aos termos constantes nos itens 1, 2 e 3 supra, os médicos voltam
a realizar as cirurgias eletivas.
“Em não havendo aceitação dos termos da contraproposta realizada pelos profissionais médicos, salienta-se que serão mantidas as cartas de rescisão e, a partir das 00h do dia 21 de julho de 2022, a Santa Casa de Misericórdia de Santana do Livramento não contará mais com a equipe de cirurgiões; a partir das 00h do dia 22 de julho de 2022, não contará com equipe de anestesistas e assim sucessivamente, conforme a especialidade”, complementou a nota.