bom humor retorna aos mercados globais neste início de semana
O bom humor parece estar de volta neste início de semana, com o fechamento asiático inteiramente no terreno positivo, onde também se encontram os recém abertos mercados da Europa e os futuros em Wall Street, enquanto o dólar perdeu força ante seus principais pares, à medida que os investidores reduziram as apostas sobre a agressividade com que o Federal Reserve apertará sua política monetária.
Entre as commodities, o petróleo do tipo Brent (referência para a Petrobras) avança para US$ 103 o barril, depois que a viagem do presidente dos EUA, Joe Biden, ao Oriente Médio terminou sem nenhum acordo oficializado com a Arábia Saudita, no sentido de aumentar sua oferta de petróleo.
Os investidores continuam atormentados pelas preocupações com a inflação e o potencial de uma recessão nos EUA. Os dados da semana passada, mostrando uma queda nas expectativas de inflação de longo prazo nos EUA, aliviaram alguns temores de que as pressões sobre os preços estão se consolidando. As fortes vendas no varejo destacaram uma economia resiliente, apesar do aperto monetário.
Os investidores voltaram a esperar um aumento de 75 pontos base na taxa do Fed em julho, depois de flertar na semana passada com a perspectiva de um movimento de 100 pontos base.
Ainda assim, as perspectivas continuam preocupantes para muitos investidores. O Fundo Monetário Internacional cortará “substancialmente” suas perspectivas de crescimento econômico global em sua próxima atualização, à medida que os países ficam sem opções para enfrentar riscos cada vez maiores.
Por aqui, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse na tarde deste domingo, 17, que cerca de quarenta embaixadores estrangeiros já confirmaram presença na reunião convocada por ele para tratar das urnas eletrônicas. Ele, porém, não mencionou quais seriam estes embaixadores – reportagem do Estadão mostrou que algumas das principais representações estrangeiras, como Estados Unidos, Reino Unido e Japão ainda não confirmaram presença. O encontro está agendado para às 16h no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, e servirá para que Bolsonaro repita a tese nunca comprovada de que houve fraude nas eleições de 2014 e 2018.
“Eu abri o convite para todo mundo. A ideia minha inicial era convidar uns 50 (embaixadores). (Mas) Por que vai excluir? Qual o critério para excluir? Tem que ter critério. E aí (vem) quem quer. É convite também”, disse Jair Bolsonaro.
O presidente da República deu a entender que a reunião com embaixadores é uma “resposta” ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin. Recentemente, a Corte Eleitoral fez uma reunião com os representantes das embaixadas para mostrar como funcionam as urnas eletrônicas brasileiras. “Deixar bem claro uma coisa que o Fachin não… levou em conta. Quem trata da política externa é o presidente da República, de acordo com a Constituição”, disse.
Bolsonaro também afirmou que sua exposição será “técnica”. O presidente pretende requentar informações de um inquérito sigiloso da Polícia Federal sobre as eleições de 2018, que no entanto não mostrou a ocorrência de fraudes na totalização dos votos.
“Não vou supor nada. O foco é na transparência eleitoral. Fazer com que uma vez acabando as eleições ninguém duvide da mesma, e o perdedor imediatamente ligue para o ganhador. Essa que é a ideia. Temos mecanismos para praticamente zerar a possibilidade de qualquer interferência, diferentemente do que é dito no inquérito da PF em 2018 por documentos fornecidos pelo TSE”, disse o presidente.