qua, 15 de janeiro de 2025

Variedades Digital | 11 e 12.01.25

Simers deve deliberar sobre futuro dos médicos na Santa Casa na próxima semana

Proposta apresentada durante mediação do MP deve ser avaliada pelos médicos no início da semana
Reunião foi mediada online pelo MP (Foto: Divulgação/Ascom)

Deve sair na próxima semana, o resultado da mediação promovida pelo Ministério Público Estadual entre o Executivo Municipal, interventor da Santa Casa Misericórdia de Sant’Ana do Livramento, e o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). Desde o final do mês de junho, 29 médicos pediram demissão e estão cumprindo aviso prévio. A categoria reivindica os pagamentos dos profissionais que atuam no hospital, que não está realizando cirurgias eletivas.
O Simers vem mantendo audiências com o MP, onde apresentou suas reivindicações, afirmando que busca providências para que não haja uma desassistência à população ao final do período da rescisão de contrato.
Por outro lado, o Executivo também colocou sua posição, em mais de três horas de reunião, na tarde dessa quinta-feira (14), onde fez uma proposta para o pagamento dos médicos. “Apresentamos uma proposta para sanar essa questão. Tratamos sobre a retomada das eletivas. Ficou com uma porta aberta para discutirmos dívidas de administrações passadas, que demonstram a boa-fé da nossa administração, considerando que, neste momento, nós temos dificuldades imensas de pagar o que devemos hoje, não teremos condições de olhar para o passado”, explicou a prefeita Ana Tarouco (PL).
Segundo Ana, ficou acertado para que na próxima segunda o Simers converse com a classe médica santanense para deliberar sobre a resposta à Santa Casa. “Foi um diálogo extenso, mas muito franco, forte e positivo. Dentro das possibilidades de cada um dos envolvidos”, complementou a prefeita.
Nesta sexta-feira (15), o Diretor de Interior do Simers, Luiz Grossi, disse que ficou decepcionado, após a reunião. “Ainda bem que fizemos a reunião com a promotoria pública, pois 15 minutos depois eu escutei uma entrevista da prefeita já dando uma versão completamente diferente do que foi acordado lá. Ou ela não entendeu a reunião, ou não quis entender. Eu não consegui entender, mas se a coisa já começou assim, tu imagina o que nos espera adiante”, disse ele.
Segundo o médico, a proposta contempla o pagamento de maio, parcelado em 7 vezes, com a primeira parcela no dia 25 de agosto; já o mês de junho, seria quitado até o dia 25 de julho. Com relação aos débitos, “pouco avançou”, de acordo com Grossi. “Nos devem maio e junho e pelo que ela falou (na entrevista), ela nega que deva maio. Quanto ao salário de dezembro de 2020 e o passivo trabalhista, com argumentos de que ela não era dessa época e que ela não tem como admitir o que era de uma outra administração. Eu sempre soube que quando você assume uma empresa, você assume o ônus e o bônus”, pontuou.
Questionado sobre qual será o próximo passo, o médico respondeu: “É o que eu gostaria de saber. A gente saiu com pouca esperança dessa reunião, numa proposta que eu vejo muito ruim”.