Deve sair na próxima semana, o resultado da mediação promovida pelo Ministério Público Estadual entre o Executivo Municipal, interventor da Santa Casa Misericórdia de Sant’Ana do Livramento, e o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). Desde o final do mês de junho, 29 médicos pediram demissão e estão cumprindo aviso prévio. A categoria reivindica os pagamentos dos profissionais que atuam no hospital, que não está realizando cirurgias eletivas.
O Simers vem mantendo audiências com o MP, onde apresentou suas reivindicações, afirmando que busca providências para que não haja uma desassistência à população ao final do período da rescisão de contrato.
Por outro lado, o Executivo também colocou sua posição, em mais de três horas de reunião, na tarde dessa quinta-feira (14), onde fez uma proposta para o pagamento dos médicos. “Apresentamos uma proposta para sanar essa questão. Tratamos sobre a retomada das eletivas. Ficou com uma porta aberta para discutirmos dívidas de administrações passadas, que demonstram a boa-fé da nossa administração, considerando que, neste momento, nós temos dificuldades imensas de pagar o que devemos hoje, não teremos condições de olhar para o passado”, explicou a prefeita Ana Tarouco (PL).
Segundo Ana, ficou acertado para que na próxima segunda o Simers converse com a classe médica santanense para deliberar sobre a resposta à Santa Casa. “Foi um diálogo extenso, mas muito franco, forte e positivo. Dentro das possibilidades de cada um dos envolvidos”, complementou a prefeita.
Nesta sexta-feira (15), o Diretor de Interior do Simers, Luiz Grossi, disse que ficou decepcionado, após a reunião. “Ainda bem que fizemos a reunião com a promotoria pública, pois 15 minutos depois eu escutei uma entrevista da prefeita já dando uma versão completamente diferente do que foi acordado lá. Ou ela não entendeu a reunião, ou não quis entender. Eu não consegui entender, mas se a coisa já começou assim, tu imagina o que nos espera adiante”, disse ele.
Segundo o médico, a proposta contempla o pagamento de maio, parcelado em 7 vezes, com a primeira parcela no dia 25 de agosto; já o mês de junho, seria quitado até o dia 25 de julho. Com relação aos débitos, “pouco avançou”, de acordo com Grossi. “Nos devem maio e junho e pelo que ela falou (na entrevista), ela nega que deva maio. Quanto ao salário de dezembro de 2020 e o passivo trabalhista, com argumentos de que ela não era dessa época e que ela não tem como admitir o que era de uma outra administração. Eu sempre soube que quando você assume uma empresa, você assume o ônus e o bônus”, pontuou.
Questionado sobre qual será o próximo passo, o médico respondeu: “É o que eu gostaria de saber. A gente saiu com pouca esperança dessa reunião, numa proposta que eu vejo muito ruim”.
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