O secretário de Planejamento de Sant’Ana do Livramento afirmou, nesta quinta-feira (30), que entrou em contato com o responsável pelo contrato no Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (DAER) do Rio Grande do Sul para anular o contrato com a Stradale Terminais Rodoviários por não cumprimento de metas na Rodoviária do município.
Segundo Paulo Ricardo Ecotên, ele conversou com o responsável pelo processo licitatório e disse que: “o prédio que ganhou o processo não tem condições. O prédio não conta com Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) adequado para uma rodoviária, foi apresentado o de um salão de festas, não foi apresentado um responsável técnico pela obra. Eles assinaram um contrato que previa 100 m² para restaurante, mais 50 m² para guichês, fraldários e banheiro com acessibilidade. No total do que foi apresentado, precisa mais 95m² de prédio”, explicou.
“Tudo o que foi prometido, não foi cumprido”, destacou o secretário reafirmando que veio a público porque zela pela “transparência e para que a população saiba que a gente está brigando para resolver o mais rápido possível”.
A diretora da Stradale, Luciane Kurz foi procurada por A Plateia, mas ela não respondeu aos contatos do Jornal.
ENTENDA
A Plateia vem acompanhando a saga da nova rodoviária desde o início do ano, especialmente nos últimos 90 dias, quando começou a atuar provisoriamente na garagem da empresa Ouro e Prata. Na semana passada, a Stradale informou que ainda não tinha sido autorizada pela Prefeitura a instalação da cobertura que receberá os ônibus na cidade. A Prefeitura, por sua vez, informou que a rodoviária protocolou documentos, mas que eles não foram aceitos por estarem “incompletos e inconclusivos”. A Prefeitura vem buscando contato com os responsáveis pela rodoviária, mas não consegue retorno.
COBRANÇA
Durante a semana, o líder do governo na Câmara, vereador Maurício Galo del Fabro (Progressistas), cobrou do diretor do DAER o fato de a cidade estar sem Estação Rodoviária. “Essa situação é uma vergonha para Livramento, causando danos e constrangimentos aos usuários deste serviço, pois não existe estrutura mínima para atendê-los”, afirmou.
O vereador solicitou que o DAER autorize a empresa que administrava anteriormente que volte a operar e prestar o serviço.