sex, 11 de abril de 2025

Variedades Digital | 05 e 06.04.25

Fazer o bem, sem olhar a quem!

Gente pouco afeita às lides gaudérias argumenta que a parte mais difí-cil do churrasco é “fazer o fogo”. Já outros garantem que o “pulo do gato” para um bom chimarrão é fazer o “morrinho” ou “topete” no capricho. A exemplo da brasileiríssima caipirinha são hábitos onde cada praticante guarda segredos para caprichar em gestos do cotidiano, numa espécie de estímulo para aperfeiçoar singelas rotinas.
Na vida é igual. Acordar todos os dias, focado em alguma tarefa específica, corresponde à isca usada nas pescarias. Em tempos de pandemia, com as ainda relutantes restrições, não é fácil manter o alto astral. Ensinar o que sabemos, ter coerência entre discurso e prática e ser humilde são atitudes que ajudam a manter o fogo brando da convivência, da boa vizinhança.
Diante de tantas bênçãos, como saúde, família e emprego, o mínimo aceitável é exercer a generosidade. Repito aos filhos que esta, na verdade, é uma obrigação que deveria guiar nossos atos, ajudando sempre que possível, orientando, emprestando nossa experiência a quem necessitar para minimizar sofrimentos.
A coerência de vivenciar o que se prega é um desafio difícil de manter. Trata-se de uma postura fundamental, na criação dos filhos, por excelência. Mais do que conselhos, dicas, corretivos e orientações para a vida, os herdei-ros mantêm olhos fixos na atitude dos pais. São modelos inspiradores no dia a dia. Atingir a coerência – é claro que os 100%, neste caso, é impossível! – corresponde a cumprir boa parcela da caminhada voltada à formação de cidadãos.
A humildade é o requisito mais raro em tempos de ostentação, consu-mismo, necessidade de aparecer a qualquer custo. “O tempo se encarrega de fazer justiça, dando ao personagem humilde o devido reconhecimento”. O dito soa piegas neste mundo em que atitudes agressivas ou uma tatuagem em lugares insólitos são toleradas, até elogiados. Afinal, é preciso aparecer. Sem-pre, a qualquer custo.
Solidariedade inspira atos de humanidade que ajudam a amenizar as agruras do mundo. Olhar para o lado e, o mais importante, olhar ”para baixo”, para quem mais precisa, se impõe. A pandemia turbinou as dificuldades, aumentou a miséria e deve servir de estímulo para fazer o bem. Sem olhar a quem!

Gilberto Jasper
Jornalista/[email protected]

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RS REALIZA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE FEMINICÍDIO E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM SANTANA DO LIVRAMENTO

Por iniciativa do deputado estadual Airton Lima (Podemos), a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul realizará uma audiência pública em Santana do Livramento, no próximo dia 25 de abril, às 19h, na Câmara Municipal de Vereadores. O tema central será o enfrentamento ao feminicídio e à violência doméstica. A audiência integra