Nos últimos meses, a rotina tem sido diferente para a comunidade escolar da escola Prefeito João Souto Duarte, após adotar o modelo Cívico-Militar, ainda no ano passado. Agora, às 07h45 os alunos participam da formatura, onde realizam posições de sentido e comando e cantam o hino nacional brasileiro, para posteriormente irem para as salas de aula. Outra mudança é o horário, pois agora os alunos ficam na escola até às 16h, recebendo quatro refeições por dia.
Segundo a diretora da escola, Fátima da Rosa, o programa foi muito bem recebido pela comunidade santanense. “Temos alunos dos quatro cantos da cidade, inclusive oriundos da cidade de Rivera […] A escola só cresce”, comentou. Atualmente o educandário conta com 70 alunos na ECIM (Modelo Cívico-Militar), sendo eles do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e 230 alunos no total. A diretora fez um convite e um pedido aos empresários de Sant’Ana do Livramento. “As empresas que quiserem se juntar a nós neste sonho, estamos à disposição para apresentar o nosso projeto”.
Os períodos de aulas continuam acontecendo normalmente e no contra-turno as crianças e os adolescentes participam de diversas oficinas, entre elas uma oficina de reforço para a língua portuguesa, oficina de sustentabilidade, além de realizarem atividades com uma psicopedagoga voluntária , também trabalham cidadania e civismo.
A aluna do 8º ano, Júlia Pintos, que estuda na escola João Souto Duarte desde o 1º ano, disse que com a vinda da ECIM ela sente que a escola melhorou muito. “Tanto na estrutura, quanto nos professores, nas matérias e na quadra que este ano os monitores fizeram um mutirão para pavimentar a quadra, que não tinha, também construíram uma parte para nossas bandeiras” e complementou: “Eu sinto também que os alunos têm mais prazer em vir para a escola, pois os monitores nos tratam muito bem. A escola melhorou muito”.
O professor de Ciências Biológicas, Luciano dos Santos, disse que o modelo de escola Cívico-Militar faz com que o professor consiga explorar todas suas atividades de uma maneira que todos os alunos participem. “É impressionante o quanto a escola ganha”, destacou.
A coordenadora pedagógica, Clenir Rodrigues, explicou que não houve perdas para a escola e que os alunos e professores se sentem acolhidos. “Em relação à parte pedagógica, os militares não assumiram salas de aula”, destacou.


Aplateia Digital | 19 e 20.04.25
SÁBADO E DOMINGO 19 E 20 ABRIL