qua, 8 de janeiro de 2025

Variedades Digital | 04 e 05.01.25

Manual de instruções do cachorro moderno: uma introdução

Vem aí o manual que todo mundo quer! Um passo a passo de como criar um cachorro recém-chegado em casa. Adulto ou filhote. Preparem-se! Enquanto essa obra-prima da literatura contemporânea não chega, vamos a uma breve introdução ao assunto.

Como funciona o cachorro?

O cachorro é um canídeo, parente dos lobos que foi domesticado há cerca de 20 mil anos. Entende-se por domesticação a transição de um animal selvagem para um dócil com humanos. Resumidamente: na sua origem, o cachorro era parecido com os lobos. Não existiam essas raças de cães que conhecemos atualmente. Esse foi um processo de seleção artificial que nós, humanos, conduzimos. Cruzamos cães que nasciam com determinadas características desejadas para que os filhotes apresentassem essas características. Assim formaram-se as raças.  Há alguns relatos de as primeiras raças terem surgido há 5 mil anos. Mas a maioria das raças conhecidas hoje e, mais que isso, as raças da moda, são tão recentes quanto a invenção do telefone.  Isso, biologicamente, significa que os cães antigos são diferentes dos cães modernos, mas não, necessariamente, geneticamente superiores.

As primeiras raças de cães foram criadas com a intenção de ter uma função específica, por exemplo: cães de guarda e cães de caça. São os cães de trabalho. Animais que precisam ter uma saúde garantida para desempenhar suas tarefas de forma satisfatória.

Com as raças modernas, ou as raças modificadas nos últimos 100 anos, a intenção é bem diferente. Seleciona-se exemplares por suas características fenotípicas, ou seja, pela aparência. O mercado consumidor começou a direcionar a demanda. As pessoas querem Beagles menores, Shitszus, York Shires, Pinschers, Poodles, Dachshunds (salsichas), Pitbulls… cada vez menores. Querem Dogo alemão, terra nova, goldens… cada vez maiores. Mastim Napolitano, Mastiff inglês, Cane Corso, cada vez mais pesados. Querem braquicéfalos com um nariz cada vez menor…

A consequência dessa seleção com objetivo estético tem sido, geração após geração, a proliferação de raças com problemas genéticos conhecidos e previstos. Ou seja, evitados caso não seguíssemos com esse indivíduo doente, em reprodução. É possível selecionar buldogues saudáveis, é possível reformular os Pugs, mas esse assunto precisa ser debatido!

Entendendo como funciona o cachorro, podemos traçar estratégias tanto para prevenir quanto para tratar esses indivíduos. A partir desses exemplares, foi escrito o manual de instruções do cachorro moderno. Que nada mais é do que um passo a passo de como fazer um cão moderno, de raça ou sem raça, ser o mais saudável possível durante toda sua vida.

Falando em modernidade… aqui cabe um spoiler: tratar cachorro mais como cachorro do que como gente, é um bom primeiro passo para ter um melhor amigo canino saudável e feliz! Brinca com ele na grama, deixa-o roer um osso bem grande, deixa-o entrar num açude! Faz dos dias do teu cachorro, uma vida boa para o cachorro! Não para humano!

E se cada raça tem sua profissão, não tira o açude do labrador, não tira o faro do beagle, a caça do yorkshire (podemos simular a caça com brinquedos!). E se tu não sabes a função da raça que tu tens, o teu cachorro não tem raça, não tira o cachorro do cachorro! Todos são caçadores, exploradores e animais! Gostam do campo, do pasto, não de porcelanato e cama. Não quero dizer com isso que eles não podem ter a cama, mas definitivamente, só dormir na cama traz muitos problemas. Deixa o cachorro ser cachorro!

Em breve o manual de instruções completo!

Raiza Chemeris

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