Além de consolidar velhas manias, pessoas da minha idade fazem balanços de vida. Isso inclui arrolar amigos “do peito”, parceiros alinhados desde a infância, adolescência. Dia destes, ao conversar com o grande amigo Victor Hugo Alves da Silva ou simplesmente Victor Hugo –compositor, cantor, multivencedor de festivais e ex- secretário de Cultura – ele teve uma sacada genial, como sempre. Questionei sobre o tempo de nossa amizade e ele se saiu com esta pérola:
– Giba, já não faço este tipo de cálculo. As amizades “pra valer” são incorporadas à vida de forma eterna. Não conto em anos porque são o maior tesouro da vida!
Dia seguinte refleti sobre isso ao ouvir relato de um amigo que recebeu pelo whats a foto da ex-namorada, bronzeada, pernas torneadas, linda como na adolescência. O enrosco deles durou anos, quase virou casamento, mas algo interrompeu o idílio.
O amigo disse diz que é um caso mal resolvido e que gostaria de rever a velha paixão, mas ela reluta. Ele entende. Teme pelas consequências, de tudo voltar. Será que a vida é mesmo esta divisão por passado, presente e futuro?
Depois destas conversas busquei alguns conteúdos elaborados por cientistas, psicólogos, palpiteiros. A ilusão do tempo é forjada pelo tecido fino da vida que realmente é mágico. “Experiência” parece garantir sabedoria, evitar equívocos, garantir escolhas certas, indicar amores correspondidos, longevos.
Albert Einstein, o excêntrico cientista alemão, dizia que “a distinção entre passado, presente e futuro é só uma ilusão, ainda que persistente” e que “passado e futuro são tão reais quanto o presente”. Será verdade que o destino é traçado assim que nascemos? Ou o livre arbítrio escreve por linhas tortas a nossa trajetória?
O tempo pode ser medido em horas ou anos. Com a idade, porém, se aprende a delimitar as etapas por experiências, pessoas, convivências. Mais que angariar patrimônio, vida é troca de afeto, aprendizado e valorização de quem passou por nós e deixou um legado.
Cada um possui um relógio particular que regula o tempo dos passos, a intensidade das experiências, a marca que fica como inspiração. A dúvida sobre as escolhas? Esta é eterna – como os amigos -, mas que às vezes podem ser alteradas.Além de consolidar velhas manias, pessoas da minha idade fazem balanços de vida. Isso inclui arrolar amigos “do peito”, parceiros alinhados desde a infância, adolescência. Dia destes, ao conversar com o grande amigo Victor Hugo Alves da Silva ou simplesmente Victor Hugo –compositor, cantor, multivencedor de festivais e ex- secretário de Cultura – ele teve uma sacada genial, como sempre. Questionei sobre o tempo de nossa amizade e ele se saiu com esta pérola:
– Giba, já não faço este tipo de cálculo. As amizades “pra valer” são incorporadas à vida de forma eterna. Não conto em anos porque são o maior tesouro da vida!
Dia seguinte refleti sobre isso ao ouvir relato de um amigo que recebeu pelo whats a foto da ex-namorada, bronzeada, pernas torneadas, linda como na adolescência. O enrosco deles durou anos, quase virou casamento, mas algo interrompeu o idílio.
O amigo disse diz que é um caso mal resolvido e que gostaria de rever a velha paixão, mas ela reluta. Ele entende. Teme pelas consequências, de tudo voltar. Será que a vida é mesmo esta divisão por passado, presente e futuro?
Depois destas conversas busquei alguns conteúdos elaborados por cientistas, psicólogos, palpiteiros. A ilusão do tempo é forjada pelo tecido fino da vida que realmente é mágico. “Experiência” parece garantir sabedoria, evitar equívocos, garantir escolhas certas, indicar amores correspondidos, longevos.
Albert Einstein, o excêntrico cientista alemão, dizia que “a distinção entre passado, presente e futuro é só uma ilusão, ainda que persistente” e que “passado e futuro são tão reais quanto o presente”. Será verdade que o destino é traçado assim que nascemos? Ou o livre arbítrio escreve por linhas tortas a nossa trajetória?
O tempo pode ser medido em horas ou anos. Com a idade, porém, se aprende a delimitar as etapas por experiências, pessoas, convivências. Mais que angariar patrimônio, vida é troca de afeto, aprendizado e valorização de quem passou por nós e deixou um legado.
Cada um possui um relógio particular que regula o tempo dos passos, a intensidade das experiências, a marca que fica como inspiração. A dúvida sobre as escolhas? Esta é eterna – como os amigos -, mas que às vezes podem ser alteradas.
Gilberto Jasper
Jornalista/[email protected]