O dia começa cedo na Cabanha Serra Nova localizada no distrito do Carcávio em Sant’Ana do Livramento, propriedade da família Torres, que trabalha com pecuária de corte com animais da raça Braford, ovinocultura das raças Ideal, Corriedale e criação de cavalos crioulos. Ainda é cedo, e o sol nem saiu detrás dos cerros, mas o barulho das esporas no galpão demostra que aquele é mais um dia de lida. Cavalos encilhados, pé no estribo e rédea firme na mão, porque o sol promete mormaço já no clarear do dia.
A lida é de aparte com os borregos e carneiros que estavam prontos para a Exposição Feira Ovinos de Verão de Livramento. Depois do aparte, os animais são colocados no caminhão e no trepidar da estrada, algumas horas mais tarde estão chegando no Parque do Sindicato Rural de Livramento. Nos bretes, a pequena Martina de apenas 2 anos acompanha o pai Martin que organiza os animais que entrarão para avaliação em pista. A cena parece tão comum no dia a dia de uma feira agropecuária, mas ela mostra muito mais que isso. Mostra o comprometimento e trabalho do homem rural que leva para casa o sustento com o suor do rosto.
A família de Martin Bitencurt, 36 anos, e Maria Paula Chuy Torres, 34 anos, das filhas Martina Chuy Torres Bitencurt (2 anos) e Valentina, de 15 anos, é um exemplo de milhares de outras familiares rurais que vivem do agronegócio gaúcho e brasileiro produzindo o nosso alimento de cada dia. Ao conversar com o Jornal A Plateia, Martin diz se orgulhar de permanecer no campo com toda a sua família apesar das várias dificuldades. “A vida na campanha não é fácil, não se consegue pessoal para trabalhar. Embora trabalho tenha bastante, mas assim a gente continua lá, fazendo o que gosta e junto com a família o que é melhor ainda”, disse.
Já Maria Paula destaca que morar e trabalhar no interior significa proporcionar uma melhor qualidade de vida para as suas filhas. “A Martina, por exemplo, adora campanha. Como nós moramos na estância ela gosta muito do campo. Se acostumou já a lidar com a gente. Tanto no trato com os animais, quanto na lida campeira, inclusive, ela já anda a cavalo sozinha, com apenas 2 anos. Então, ela está acostumada com a vida lá na estância, que na verdade é uma vida mais agradável. Basta ver agora ver essa questão da pandemia, onde a Martina teve mais liberdade que muitas crianças da cidade”.
Segundo Maria Paula, ela pretende continuar morando na estância junto com o marido, as duas filhas e o pai Victor Hugo Torres. “Vamos continuar lá, trabalhando e morando juntos, porque é uma vida muito mais saudável”.
Acidente de trânsito na AV. Dom Pedro II
O fato aconteceu nesse domingo (5), por volta das 19h