O ano inicia em estado de alerta devido ao número crescente de focos do mosquito da dengue em Sant’Ana do Livramento. O verão traz preocupações com o aumento da circulação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya.
As temperaturas mais quentes e dias chuvosos proporcionam um ambiente adequado para a proliferação do vetor, e desse modo, os cuidados têm que ser redobrados.
De acordo com os dados da Vigilância Ambiental, atualmente há focos do mosquito em todos os bairros do município. Assim, no ano de 2019 foram encontrados 1.069 foco; no ano de 2020, o Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) registrou 76 focos, porém devido à pandemia as visitas foram interrompidas. As fiscalizações retornaram em agosto de 2021 quando foram registrados 318 focos. Até o momento, em 2022, já há registro de 32 novos casos, com 24 em análise e 38 aguardando resultado.
O supervisor da Vigilância Ambiental do município, Felipe Moraes, alerta que para controlar o mosquito é necessária uma ação conjunta da população santanense. “No verão, o maior problema são as piscinas. As pessoas se descuidam, vão para a praia ou vão para parentes próximos, e em pouco tempo o ovo já vira uma larva. Até a aplicação dos produtos químicos, já temos o mosquito com larvas. Por isso é importante a higienização completa da piscina, com escovação, pois o ovo do aedes aegipti dura até 400 dias”, atenta Moraes.
O supervisor também destaca os cuidados a serem tomados com as flores. “Outra questão são as flores, as pessoas vão viajar e encharcam os potinhos de água para as plantas não morrerem, o que gera também um grande acúmulo de larvas. Em dez dias o ovo vira mosquito, e em temperaturas muito quentes em até sete dias”, explica.
Fiscalização
A Vigilância Ambiental segue com suas atividades de fiscalizações normais, encontrando algumas dificuldades ao entrar em algumas residências, relata Felipe. “Diariamente, o agente de endemia sai com seu itinerário e faz boa parte da cidade, deixando as regiões periféricas a cargo dos postos de saúde. Pedimos à população que receba os agentes de endemia, nós só vamos verificar e orientar a população quanto a um possível foco”.