Bolsas mistas nesta sexta-feira. O EuroStoxx cai 1,7%, o futuro do S&P 500 opera de lado e o do Nasdaq100 avança 0,5%. As bolsas na Ásia fecharam sem direção, com Nikkei se recuperando 2,1% e o Hang Seng cedendo 1,1%. O VIX sobe 0,3 ponto para 30,8 pontos. Nas moedas, o DXY avança 0,1% para 97,4. As moedas de emergentes operam em queda contra o dólar. Nas commodities, o preço do petróleo sobe 0,4% para USD 89,7/bbl, os futuros curtos do minério de ferro avançam 6,2% para 146,1 dólares por tonelada e os grãos operam em alta. A treasuries entre 2 anos e 30 anos sobem entre 2 e 3 bps.
Ontem, as bolsas corrigiram a forte queda após a decisão do FOMC. Os futuros de NY mostravam leve avanço, impulsionados pelo balanço positivo da Apple, mas reduziram a alta durante a manhã. O mercado segue precificando 5 hikes do Fed em 2022 e as taxas das treasuries curtas sobem para o maior patamar do ano.
Destaque também para o petróleo, que registra a sexta semana de avanço, se consolidando próximo aos USD 90,0 por barril. O minério de ferro também chama a atenção, avançando mais de 6% nesta manhã, após mais indícios de incentivos governamentais na China.
Temporada de resultados: No S&P, 160 de 500 empresas reportaram resultados do 4º trimestre, 78% delas acima do esperado, com surpresa agregada de 5%. Na Nasdaq, 384 de 3142 empresas reportaram, 65% delas acima do esperado, com surpresa de 9%. No EuroStoxx 600, 64 de 447 empresas reportaram, 70% delas acima do esperado, mas com surpresa agregada negativa de 10%.
No Brasil, Bolsonaro desautorizou seus ministros a continuarem a discussão sobre a PEC dos Combustíveis. Segundo veículos de imprensa, o presidente ponderou que a medida traria mais efeitos negativos ao país, como a desvalorização cambial e inflação em outros itens. A Folha diz que Guedes deseja restringir o corte de tributos apenas sobre o diesel, o que reduziria o impacto fiscal da medida para cerca de BRL 20 bi. Hoje haverá mais uma discussão entre técnicos para a análise de propostas (https://bit.ly/34fCWIe).
Bolsonaro confirmou reajuste de 33% a professores da educação básica. Estados e municípios se manifestaram contrários à medida, tendo em vista seu impacto fiscal. Pelas contas de especialistas ouvidos pelo Valor, o rombo estimado da medida pode ficar em torno de BRL 20 bi ao ano aos cofres dos entes subnacionais (https://glo.bo/3r6RGCg).
Agenda BCB: Presidente e diretores cumprem período de silêncio pré-Copom.
Agenda: Na França, a leitura preliminar do PIB do 4ºtri ficou em 0,7% (exp. 0,5%). Na Alemanha, o número decepcionou, ficando em -0,7%, ante expectativas de -0,3%. Na Zona do Euro, em janeiro, o índice de confiança da indústria (exp. 15,0), a confiança de serviços registrou queda para 9,1 (exp. 9,5) e a leitura final da confiança do consumidor ficou em -8,5; na região, o índice de sentimento econômico recuou de 113,1 para 105,4. Nos EUA, teremos o núcleo do PCE de dezembro às 10:30 (exp. 0,5% m/m) e o índice de sentimento da Universidade de Michigan (exp. 68,8). No Brasil, a FGV divulga o IGPM de janeiro (exp. 1,98% m/m e 17,12% a/a); às 9:00 haverá a PNAD de novembro, com o mercado esperando 11,7% para a taxa de desemprego, mesmo número da XP; às 9:30, o BCB divulga as estatísticas de crédito de dezembro.
Frase do dia na Bloomberg: “Ambition can creep as well as soar.” — Edmund Burke
Bons negócios!
XP Macro Strategy