Algumas regiões relatam que os potreiros com a água de bebida para os animais estão restritos, tendo que adequar lotações e até mesmo, em algum caso, trocar os animais de piquetes, pois mananciais naturais hoje estão muito mais fracos. “O quadro é geral, o que se observa é que, com exceção de algumas poucas localidades em alguns municípios que tiveram chuvas há 15 dias e recuperaram uma condição mínima de trabalho, o quadro apresenta um problema de falta de água para os animais, pois as aguadas naturais estão todas secas”, destaca o presidente da Comissão de Relacionamentos Institucionais e Comerciais do Instituto, João Gaspar de Almeida.
O dirigente cita também o prejuízo nas lavouras que, em muitos casos, são implementadas para também auxiliar no reforço à alimentação animal, em especial com o milho, que é a cultura que mais sofre com a seca no Rio Grande do Sul. Há relatos também de dificuldades no crescimento das pastagens de verão, o que compromete a alimentação do gado. “Nas pastagens cultivadas de verão o nascimento foi de 25% e as folhas já estão ressecadas. A situação é dramática”, observa Almeida.
Os produtores também abordaram a escassez de água para consumo humano em algumas localidades, pois em muitas propriedades rurais o fornecimento ocorre por meio de poços artesianos comunitários, esses que tem apresentado vazão de água cada vez menores.