“Todo pessimista é um otimista bem informado!”.
Gosto – e uso bastante – esta frase quando me perguntam coisas do tipo “como será 2022?”. Depois de dois anos de pavor parecia que o ano que chegou há poucos dias seria de redenção da nossa rotina, assim como conhecíamos antes de 2020. Novas cepas e variantes aportaram em solo verde-amarelo confirmando que o vírus nascido na China ainda tem muitas surpresas reservadas por os próximos meses.
Uma variante menos letal, mas muito mais contagiosa, é o novo pavor dos brasileiros. As praias, lotadas e com aglomerações em todos os ambientes, transformou-se no nascedouro de milhares de novos casos de contaminação. O que seria uma época para descanso, relax para esquecer o ano passado e começar 2022 com todo gás é, agora, preocupação generalizada.
Outro aspecto marcante nestes dois anos de pandemia tem sido a radicalização cada vez mais intensa que caracteriza as redes sociais, a cobertura dos veículos de comunicação e qualquer encontro onde duas ou mais pessoas se reúnem para conversar.
Para quem acha que isso pode mudar é bom lembrar que em outubro/novembro teremos eleições. Este ano vamos eleger senadores, deputados estaduais e federais,além do Presidente da República. Isto posto não é difícil prever o clima beligerante que agravará em todos os rincões do país.
Ao mesmo tempo em que teremos a proliferação de novas variantes a covid, o clima eleitoral envolverá todos os segmentos. Acompanho política desde 1968. Aos oito anos participei de comícios e debates onde meu pai disputava uma vaga na Câmara de Vereadores de Arroio do Meio, pequeno município do Vale do Taquari. Sequer salário os vereadores recebiam à época, fazendo com que estes representantes bancassem do próprio bolso suas despesas.
Outro episódio que mexe com os brasileiros é a Copa do Mundo que este ano será disputada a partir de novembro, diferente das disputas anteriores, quase sempre realizadas no meio do ano. Ou seja, 2022 começa repleto de dúvidas, temores e interrogações e promete ainda mais emoção. Para o bem e para o mal.
O covid, a eleição do comandante do país e o campeão do mundo estarão na retrospectiva de dezembro. Até lá “reina grande expectativa”, como diriam os narrados de rádio de antigamente.
Gilberto Jasper
Jornalista/gilbertojasper@gmailcom