O indicador de ações da Ásia-Pacífico da MSCI avançou pela quarta sessão em cinco, com destaque para as negociações na China. Os principais tomadores de decisão do país sinalizaram na semana passada que as políticas podem se tornar mais favoráveis ao crescimento no próximo ano. Os economistas preveem que a China começará a adicionar estímulos fiscais no início de 2022.
As ações dos EUA fecharam em um novo recorde na sexta-feira, após mais uma divulgação de dados de inflação que vieram em linha com as previsões.
Espera-se que o Federal Reserve acelere a retirada do estímulo e talvez abra a porta para aumentos nas taxas de juros em 2022 se as pressões sobre os preços permanecerem perto de um pico de quatro décadas em sua reunião nesta quarta-feira.
Cerca de 20 bancos centrais devem realizar reuniões esta semana, incluindo o Fed, o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra. Essas decisões têm o potencial de aumentar a volatilidade dos mercados, à medida que os investidores avaliam a resiliência da reabertura global para configurações monetárias menos generosas.
No front do vírus, Boris Johnson alertou que o Reino Unido está enfrentando uma “onda” de infecções por Ômicron e definiu um prazo até o final do ano para o programa de reforço de vacinação em todo o país.
A geopolítica continua em foco. No domingo, ministros das Relações Exteriores do G7 alertaram a Rússia para diminuir suas atividades na Ucrânia ou enfrentar “consequências massivas”.
Por aqui, o governo federal deve editar uma nova portaria com regras para entrada de viajantes no Brasil, atendendo à decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os detalhes da medida foram discutidos em reunião, realizada neste domingo, 12, no Palácio do Planalto. O presidente Jair Bolsonaro é contrário ao passaporte da vacina, usado em grande parte dos países e defendido por especialistas para frear o contágio pela covid-19.
Barroso determinou no sábado, 11, a obrigatoriedade do passaporte de vacina. Agora, os viajantes que não puderem comprovar a imunização serão impedidos de entrar no País. O ministro do STF levou em consideração o avanço da variante Ômicron, cujos estudos preliminares já mostraram risco maior de transmissão e perda parcial da proteção dada pelas vacinas. Oito casos da nova versão do vírus já foram confirmados em território nacional – o último, na cidade de São Paulo, é de um idoso sem histórico de viagem ao exterior, o que indica transmissão local da cepa.
Em sua decisão, anunciada no sábado, Barroso citou a gravidade da pandemia, sobretudo ‘com a existência de autoridades negacionistas’. A ordem foi dada em ação movida pelo partido Rede Sustentabilidade, que acusa o governo de ‘omissão’ por não revisar as restrições para desembarques internacionais, como recomenda Anvisa.
A Casa Civil confirmou reunião neste domingo com membros do Ministério da Saúde, Infraestrutura e Relações Exteriores, além da Anvisa e Advocacia-Geral da União (AGU), que analisa possível recurso à decisão do ministro. A AGU deve esperar a notificação do STF para avaliar a possibilidade de recorrer.