O mês começa de forma positiva para os mercados do exterior: as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, mesma direção seguida pelos futuros em Nova York, com os investidores pesando dados econômicos positivos, além dos sinais dados pelo Federal Reserve de intensificar seus esforços para conter a inflação elevada.
O índice de ações da Ásia-Pacífico da MSCI apresentou o maior salto desde meados de outubro. A Coreia do Sul liderou os ganhos com o forte crescimento das exportações.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que a próxima reunião da entidade deve discutir a possibilidade de encerrar as compras de títulos de forma antecipada e retirou a palavra “transitória” para descrever a alta inflação. Isso poderá abrir a porta para outra antecipação: o de alta nas taxas de juros.
O rendimento do Tesouro dos EUA para 10 anos subiu, mas permaneceu abaixo de 1,50%. A diferença entre os rendimentos dos títulos do Tesouro de 5 e 30 anos é agora a mais estreita desde março do ano passado.
A volatilidade está afetando os mercados à medida que os investidores examinam se a recuperação da pandemia pode resistir à redução do apoio à política monetária e aos riscos potenciais da variante do vírus Ômicron. Enquanto os bancos centrais estão reduzindo suas atuais expansionistas, as condições financeiras permanecem favoráveis nas principais economias globais.
A questão de aumentar ou suspender o teto da dívida dos EUA está de volta no radar. Os rendimentos elevados de alguns títulos do Tesouro com vencimento no final de dezembro indicam preocupação de que os EUA ficarão sem capacidade de endividamento antes do final de 2021.
Por aqui, O Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, confirmou os dois primeiros casos do Brasil de infecção pela variante Ômicron do coronavírus nesta terça-feira, 30. Ambos os casos, em um homem de 41 anos e uma mulher de 37, vindos da África do Sul, foram confirmados pela Secretaria da Saúde paulista. Um terceiro passageiro suspeito de ter se infectado pela cepa é investigado em Guarulhos, enquanto outros dois casos, em Brasília e em Belo Horizonte, também seguem sob análise.
A nova cepa do coronavírus, identificada na última semana na África do Sul, tem colocado autoridades e cientistas em alerta – a Organização Mundial da Saúde (OMS) já citou “risco elevado” com a Ômicron. Diante do alto número de mutações dessa cepa, especialistas temem que ela seja mais transmissível ou drible a proteção oferecida pelas vacinas já produzidas, mas ainda estão em curso estudos para testar essas hipóteses.
O casal cujas amostras deram positivo para a Ômicron desembarcou em Guarulhos no último dia 23, vindo da África do Sul e portando resultado negativo de teste RT-PCR. Dois dias depois, quando retornariam ao país africano, um novo teste realizado no aeroporto deu positivo para o coronavírus. Segundo a Secretaria da Saúde, eles apresentavam apenas sintomas leves da doença e, diante do diagnóstico, foram orientados a permanecerem em isolamento domiciliar.