Os membros fundadores do Instituto de Liberdade Econômica (ILE) promoveram, nesta sexta-feira (5), a primeira reunião de trabalho da entidade, que nasce com a missão de fomentar o empreendedorismo, a busca permanente pela melhoria do ambiente de negócios no país e a redução do peso do Estado na vida do cidadão. O ILE será presidido pelo deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), que foi o relator da Lei de Liberdade Econômica. “A ideia que nós temos é atuarmos no monitoramento legislativo para avaliar possíveis avanços ou retrocessos em leis que estejam tramitando ou que venham a ser apresentadas. Outro foco do trabalho será a realização de cursos de formação de professores na área do empreendedorismo e na educação financeira dos estudantes de escolas públicas”, destacou Jerônimo.
O ILE firmará convênios com o Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (São Paulo) e com o Instituto Caldeira (Porto Alegre), instituição sem fins lucrativos que busca conectar empresas e startups para estimular a inovação. O presidente-executivo ressalta que o ILE estará aberto a outras parcerias com empresas e instituições que queiram se associar à causa. “Também queremos fazer do instituto um instrumento que permita a descoberta de talentos e mentes brilhantes que queiram inovar e montar o próprio negócio”, explicou. Um conselho consultivo também será criado para reunir lideranças políticas e setoriais.
A iniciativa conta com o apoio de figuras que tiveram papel relevante no debate nacional, como o ex-secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, Paulo Uebel. “Nosso grande compromisso é fazer com que o Brasil tenha mais liberdade econômica. Por isso precisamos ter foco nos resultados para não gastar tempo nem dinheiro à toa. O instituto deve ter uma estrutura enxuta e usar a capacidade instalada dos demais parceiros que venham a somar esforços para essa causa tão nobre”, defendeu Uebel, que sugeriu um levantamento detalhado de estados e municípios que já fizeram suas respectivas leis de liberdade econômica.
Já o Secretário de Advocacia da Concorrência e Competitividade do Ministério da Economia, Geanluca Lorenzon, ressaltou que a pasta trabalha na elaboração do índice de concorrência dos municípios e que o ILE pode ajudar a ‘turbinar’ esses resultados. “Notamos que essas prefeituras não sabem o que fazer. O instituto pode fazer muito bem esse assessoramento, firmar um termo de cooperação com nossa secretaria, que geraria o material de apoio”, explicou Lorenzon. Presente ao encontro, o empresário gaúcho Daniel Randon acredita que o ILE possa melhorar os indicadores que medem o ambiente de negócios. “O Rio Grande do Sul está em primeiro lugar quando falamos de inovação. Mas precisa melhorar muito no quesito burocracia e liberação de licenças ambientais”, exemplificou. Ex-vice-prefeito de Porto Alegre, o advogado Gustavo Paim entende que o Instituto de Liberdade Econômica pode gerar uma concorrência salutar entre Estados e municípios ao estabelecer um ranking de competitividade. Outra proposta do ILE é a criação de um prêmio nacional de liberdade econômica, que destaque os gestores públicos que mudaram a realidade econômica de suas comunidades através da desburocratização e do estímulo ao empreendedorismo.
Termo de cooperação com o MEC
O deputado Jerônimo Goergen também se reuniu nesta sexta-feira (5) com o Secretário-Executivo do Ministério da Educação, Victor Godoy Veiga, para tratar da proposta de inclusão da disciplina de Educação Financeira e Empreendedorismo no currículo das escolas. A sugestão vai na mesma linha do programa lançado pela pasta, que oferecerá formação gratuita aos professores das redes públicas e privadas no Brasil. No próximo dia 18, na sede do Instituto Caldeira, o parlamentar volta a se reunir com a equipe técnica do MEC para discutir a assinatura de um termo de cooperação técnica com o Instituto de Liberdade Econômica.
Assista ao vídeo institucional de lançamento do ILE