qua, 27 de novembro de 2024

Variedades Digital | 23 e 24.11.24

Morning Call: mercados operam em alta sob perspectivas positivas para resultados do 3T

Os mercados do exterior operam em alta neste início de terça-feira, com destaque para a valorização das ações de tecnologia e a perspectiva de sólidos ganhos corporativos que ajudaram a conter as preocupações decorrentes do avanço da inflação e da crise energética.

O índice de ações da Ásia-Pacífico da MSCI atingiu seu nível mais alto desde o final de setembro. Hong Kong foi o destaque de alta do continente asiático e o indicador das ações de tecnologia chinesas ultrapassou sua média móvel de 50 dias. Os futuros dos EUA e os recém abertos mercados da Europa subiram após as ações dos EUA iniciarem a semana sob forte grau de incerteza, com o índice Nasdaq liderando as altas.

Por um lado os mercados têm se mostrado otimistas com os primeiros relatórios de lucros verificados até o momento, mas também existem preocupações com a perspectiva de endurecimento da política monetária para conter as pressões sobre os preços. Os investidores estão esperando para ver se lideranças do Federal Reserve tentarão acalmar este nervosismo decorrente da redução do apoio às políticas da era da pandemia uma vez mais.

A alta do petróleo foi interrompida com os preços em torno de máximas plurianuais. A escassez de gás natural está estimulando a demanda por produtos como óleo combustível e diesel para geração de energia. Os investidores estão prestando muita atenção à temporada de balanços para ver como os custos mais altos de energia e matérias-primas estão afetando as margens de lucro.

Por aqui, sob pressão para definir como ficarão as políticas sociais a 13 dias do fim do auxílio emergencial, o governo tem agora na mesa uma nova proposta de arranjo dos benefícios, que incluiria o Auxílio Brasil (nome do novo Bolsa Família) e duas parcelas complementares, pagas uma dentro e outra fora do teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à variação da inflação.

Essa alternativa levaria os beneficiários a receber em média R$ 400 em 2022, ano em que o presidente Jair Bolsonaro buscará a reeleição.

A ideia se soma a um leque de opções que têm sido analisadas pelo Palácio do Planalto, num ambiente de muita tensão e informações desencontradas de autoridades do governo e de políticos. Nesta segunda-feira, 18, o presidente chegou a falar na possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial, que hoje paga R$ 150 a R$ 375 a 39 milhões de brasileiros.

Ainda em Brasília, com um poder sem precedentes no comando da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) tem atropelado os ritos da Casa para impor sua pauta ao ponto de, em mais de uma ocasião, colocar em votação projetos que os próprios deputados desconhecem o texto final. A conduta tem provocado críticas por parte dos parlamentares e de especialistas, que apontam falta de transparência.

O caso mais recente ocorreu na quinta-feira, 14, quando o relatório final da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta o poder do Congresso sobre o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) só foi divulgado depois que a sessão para a votação já havia começado. Sem conseguir apoio suficiente para aprová-la, porém, Lira adiou a análise para esta terça, 19.

O presidente da Câmara também decidiu votar a proposta diretamente no plenário, ignorando a fase em que as alterações na Constituição são discutidas em uma comissão especial, como prevê o regimento em caso de PEC. É nesta fase em que são realizadas audiências públicas e o texto pode ser discutido com a sociedade civil. Mas uma brecha nas regras da Casa, utilizada por Lira, permite pular esta etapa quando há urgência.

Foto Rodrigo Savedra

“A tribuna é a última trincheira de garantia da liberdade de expressão e da nossa democracia”, afirma Rodrigo Lorenzoni

O deputado Rodrigo Lorenzoni se manifestou durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira, sobre o indiciamento do deputado federal Marcel van Hattem, pela Polícia Federal, após pronunciamento na Câmara Federal, ontem. “Eu não quero nem entrar no mérito daquilo que o deputado Marcel levou à tribuna, em que pese concordar com as suas preocupações. Mas o que nós