A vereadora Eva Coelho (PDT) pediu desculpas na tribuna da Câmara Municipal, nesta segunda-feira (18), para os colegas que se sentiram ofendidos com suas afirmações feitas em uma transmissão ao vivo através de suas redes sociais, nesse fim de semana, sobre o ocorrido na Santa Casa de Misericórdia, na última sexta-feira. Na live, a parlamentar afirmou que “agora não adianta nota”, uma vez que, todos os edis estavam na Câmara Municipal, que fica na esquina do hospital, no mesmo horário do ocorrido e ninguém tomou providências de solicitar para os músicos baixar o som.
Após a repercussão do ocorrido na Santa Casa de Misericórdia, alguns parlamentares se manifestaram através de nota, se solidarizando com os pacientes do hospital e repudiando a atitude da direção em promover um “show” de pagode no saguão do complexo hospitalar em homenagem aos seus 133 anos.
“Eu estou vendo notas de vereadores, dizendo que é uma pouca vergonha a festa da Santa Casa […] Uma coisa eu tenho para dizer, a falha foi dos dezessete vereadores”, disse Eva.
Segundo a pedetista, a atitude correta seria a suspenção da sessão solene que acontecia no Legislativo em homenagem aos professores e ter se deslocado até o “evento” para “pedir para baixar a caixa de som” e complementou, que “faltou a união” entre seus pares para tomar uma atitude para evitar o incomodo aos pacientes. Eva finalizou dizendo “agora não adianta chorar pelo leite derramado”.
RELEMBRE
Nessa sexta-feira (15), foi comemorado os 133 anos da Santa Casa de Misericórdia, único hospital que atende SUS em Sant’Ana do Livramento. Neste sentido, a direção do complexo hospitalar organizou uma programação de comemoração e entre as atividades estava uma apresentação de um grupo de pagode, composto por músicos colaboradores do hospital.
O ocorrido gerou polêmica nas redes sociais, durante este sábado (16) e muitas pessoas questionaram a atitude, uma vez que, barulho não é recomendável a pacientes e configuraram a ação como “falta de noção”.
A diretora da Santa Casa, Leda Marisa informou que a música tinha um volume razoável e que talvez o gênero musical pode ter desagradado algumas pessoas, mas que as caixas de som foram colocadas no lado de fora do hospital.
Leda ainda contou que o evento seria realizado em outro espaço, entretanto, um coletivo decidiu fazer em frente ao hospital, porque justamente seria uma homenagem ao próprio.
“Eu entendo que estamos sujeitos a críticas e que alguns acham que tenha sido um enorme desconforto e um brutal equívoco, como outros tenham entendido que era uma festa e uma ocasião oportuna”, disse.
Outra ponderação da diretora foi que frequentemente a fanfarra do Exército faz apresentações no hospital e que o ano passado realizou uma apresentação dentro do próprio prédio e não houve reclamação como desta vez.