Diante da pressão da crise energética, identificada há bem mais de cinco anos, e que os gestores diziam que o mercado resolveria, fez brotar uma verdade incontestável: energia é questão de Estado, de soberania, e em parte alguma do mundo o mercado atua, senão por benesse do Estado para um pequeno conjunto de privilegiados acionistas.
O Capitão Presidente e seus parceiros Guedes e Lira com o intuito de desviar a atenção do aumento desmedidos dos combustíveis e gás de cozinha para atender os acionistas da Petrobras, empurram o debate para os Governadores e a questão do ICMS, que pouco ou nada tem a ver com os aumentos.
Nossos problemas têm sua origem nos anos 1990, com FHC, quando aterrissam no poder do Brasil o neoliberalismo, a ausência do Estado e o deus-mercado.
Já nos últimos cinco anos, após o Golpe, o descaso foi acentuado e o mercado que veio substituir o Estado, está unicamente preocupado em ganhar rios de dinheiro com as privatizações, com as novas intermediações entre produtores e consumidores de energia, com tarifas altamente compensadoras e não a estabilidade dos preços.
O Pedro Parente instituiu, Preço de Paridade de Importação (PPI), que o General Luna promete manter, inventado para um país autossuficiente em petróleo e em derivados, usar internamente preços externos do barril de petróleo, parece piada, só que está não faz rir e sim pagar.
O botijão de gás, em dezembro de 2017, custava R$ 66,00, alta de 16% em relação a 12/2016, agora chega aos R$ 110,00, representam mais de 61% sobre dezembro de 2017.
E os governantes de plantão, fingem que o problema é outro e não os dividendos a causa da gasolina, do diesel, do gás ter preços incompatíveis com o nível de renda dos brasileiros.
Eng. Elifas Simas
Porto Alegre, outubro de 2021