Gilberto Jasper
Jornalista/[email protected]
Nestes quase 20 meses de pandemia muito foi escrito sobre uma expressão que perdeu força pela repetição: o “novo normal”. Reina grande expectativa – como diriam os narradores de antigamente – sobre o comportamento resultante de tamanho sofrimento.
Todos os dias ouvem-se sobre ações beneficentes para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social. São campanhas de arrecadação de cestas básicas, roupas, agasalhos e mantimentos para o enfrentamento da miséria resultante da extinção de milhares de empresas e empregos.
Ao mesmo tempo são constantes notícias de aglomerações de gente que ignora as regras básicas de convivência. No começo da semana a mídia divulga o trabalho das guardas municipais para coibir abusos. Festas, pagodes e ajuntamentos em calçadas e bares fazem refletir sobre a racionalidade da condição humana.
O avanço da vacinação levou à flexibilização de atividades. Já temos estádios de futebol com público, mudanças para eventos e a retomada do ensino. Pais aguardam ansiosos pelo retorno das escolas e a retomar a rotina. Há preocupação com as consequências da interrupção do convívio social dos filhos.
É difícil prever o futuro. Sonha-se com mudanças profundas de comportamento, além da adoção de hábitos de higiene mais intensos. Mas o ser humano é imprevisível.