qui, 23 de janeiro de 2025

Variedades Digital | 18 e 19.01.25

Morning Call: mercados estendem ganhos após fala de Powell e reação do China Evergrande Group

Os mercados globais seguem em franca recuperação, o que pode se observar tanto na abertura das bolsas europeias e no futuro dos índices nos EUA, com os investidores pesando os problemas da dívida do China Evergrande Group junta da perspectiva de uma redução no estímulo do Federal Reserve já a partir do mês de novembro.

As ações subiram de forma modesta na China e em Hong Kong, depois que o S&P 500 subiu pela primeira vez em cinco pregões. As ações da Evergrande chegaram a subir próximas dos 30%, antes de reduzir o avanço, sinalizando que as preocupações permanecem sobre os passivos de mais de US $ 300 bilhões da companhia, que precisou do socorro do Banco Central Chinês para garantir a liquidez.

O presidente Jerome Powell disse ontem que o Fed poderá iniciar a redução das compras de ativos em novembro e concluir o processo em meados de 2022. As autoridades também revelaram uma tendência crescente para aumentar as taxas de juros no próximo ano.

Por aqui, mesmo em meio à alta da inflação e ao aumento do risco fiscal, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve seu “plano de voo” e elevou nesta quarta-feira a Selic (a taxa básica de juros) em 1 ponto porcentual por unanimidade, de 5,25% para 6,25% ao ano. Este foi o quinto aumento consecutivo dos juros e o segundo em sequência nessa magnitude, após três altas iniciais de 0,75 ponto porcentual.

Com a decisão, a Selic está no maior nível em dois anos, superando o patamar de agosto de 2019 – antes da pandemia de covid-19.

Além do aumento desta quarta, o Copom adiantou que deve manter o atual ritmo de ajuste na próxima reunião, nos dias 26 e 27 de outubro, o que pode levar a um novo aumento da taxa de juros, para 7,25%. Mas o colegiado ressaltou que essa posição pode mudar, já que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, dos riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte da política monetária.

Na saúde, menos de uma semana após ter recomendado a suspensão da imunização contra a covid-19 em adolescentes sem comorbidade, o Ministério da Saúde recuou da decisão na noite desta quarta-feira, 22. A pasta afirmou que a restrição foi imposta de “forma cautelar” e que, após apuração de todos os riscos e benefícios, a medida está suspensa e a nova recomendação é para que esse público seja vacinado.

Na última quinta-feira, a pasta tinha alegado que um dos motivos para suspender a vacinação nessa faixa etária seria o caso de uma adolescente de 16 anos, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, que morreu uma semana após ser imunizada com a Pfizer.

No dia seguinte, porém, um diagnóstico assinado por 70 especialistas concluiu que a jovem era portadora de uma doença autoimune, grave e rara, conhecida como Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PTT), e que não havia qualquer “relação causal” entre o óbito e a vacina. A análise recebeu o aval da Anvisa na segunda-feira, que classificou os dados como “consistentes e bem documentados”.