qui, 23 de janeiro de 2025

Variedades Digital | 18 e 19.01.25

Morning Call: dados fracos da China aumentam cautela por ritmo da recuperação econômica global

As ações asiáticas fecharam a quarta-feira em queda (com exceção da Coréia do Sul), enquanto os títulos do Tesouro americano retiveram ganhos em meio a preocupações sobre uma recuperação mais lenta da pandemia de coronavírus e dos riscos inflacionários para a economia global.

As ações recuaram no Japão, Hong Kong e China, onde a economia enfraqueceu devido às medidas para conter a variante delta. A escalada regulatória de Pequim segue prejudicando o setor de tecnologia da China e as ações de cassinos de Macau . Os futuros dos EUA registram leve alta, enquanto na Europa, todas as principais bolsas operam em queda.

Os dados chineses mostraram uma forte desaceleração no crescimento das vendas no varejo, já que as restrições de mobilidade em face da pandemia, afetaram os gastos dos consumidores e as viagens durante o pico das férias de verão.

A crise financeira da chinesa Evergrande Group também está em foco, com funcionários notificando os bancos de que a empresa não poderá pagar os juros de empréstimos com vencimento em 20 de setembro.

Nos EUA, o rendimento dos títulos de 10 anos caiu para cerca de 1,28%. A inflação nos EUA foi menor do que a prevista em agosto, mas ainda elevada, deixando o debate sobre se as pressões sobre preços sem solução imediata.

A aproximação do fim do ano levanta algumas questões interessantes nos EUA: os investidores passam a acompanhar mais de perto o debate sobre o teto da dívida americana, o pacote de impostos do presidente Joe Biden, os gastos com infraestrutura e a redução dos juros pelo Fed.

Por aqui, prestes a ser oficializada, a fusão entre DEM e PSL deve criar uma megapotência partidária. A nova legenda deve nascer com 81 deputados federais e conquistar o posto de maior bancada na Câmara, com força para decidir votações importantes e ter peso significativo num eventual processo de impeachment de Jair Bolsonaro.

Será a primeira vez em vinte anos que a direita reúne tantos parlamentares em uma única agremiação. A última vez foi no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, quando o PFL (atual DEM) elegeu 105 representantes.

Caso a nova sigla seja concretizada, vai desbancar o PT, que desde 2010 lidera o ranking de maiores bancadas na Câmara. Em 2018, foram 54 petistas eleitos. Hoje, o partido tem 53 deputados, empatado com o PSL. Mesmo que com a fusão parlamentares bolsonaristas deixem o novo partido, como esperado, a sigla ainda sem nome seguirá com o maior número de deputados.

A ideia dos dirigentes de PSL e DEM é usar esta megaestrutura que está sendo formada para atrair uma candidatura à Presidência em 2022 capaz de rivalizar com Bolsonaro e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.