A terça-feira que encerra o mês de agosto começa de forma muito semelhante a sessão que abriu a semana ontem, com as ações asiáticas subindo em bloco (com exceção novamente da China) e com om os futuros de ações dos EUA igualmente no positivo, após outro fechamento recorde de Wall Street, que resistiu aos sinais de atividade econômica mais fraca na China.
O índice de ações da Ásia-Pacífico da MSCI atingiu a maior alta em mais de duas semanas. As ações chinesas ficaram atrás de seu benchmark, em parte devido aos dados que indicam que o recente surto da variante delta levou a uma contração no setor de serviços.
Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 subiram depois que o S&P 500 atingiu um novo recorde histórico. Os títulos do Tesouro americano seguem realizando ganhos após os comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre as perspectivas da política monetária e na Europa, as bolsas recém abertas operam sem direção única.
O petróleo opera estável, com os investidores avaliando a perspectiva de produção adicional da OPEP +. Já o alumínio e o níquel avançaram à medida que o Goldman Sachs recomendou seus preços-alvo de compra. Entre as criptomoedas, o Bitcoin caiu para cerca de US $ 47.000.
As ações globais se encaminham para a sétima alta mensal, ainda no embalo dos fortes lucros das empresas, contando também com a expansão as vacinas, que sustentarão a reabertura econômica, bem como a manutenção da atual política de apoio do Fed.
Ao mesmo tempo, o declínio nos rendimentos do Tesouro americano a partir de sua máxima verificada em março, pode refletir parcialmente as preocupações de uma recuperação mais lenta à frente, em face especialmente dos riscos trazidos por novas variantes da Covid-19
Por aqui, após o recuo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entidades do agronegócio brasileiro divulgaram nesta segunda-feira, 30, um manifesto no qual defendem o estado democrático de direito garantidor da “liberdade empreendedora” – o inverso de “qualquer politização ou partidarização nociva” que agrava os problemas do País.
O texto é assinado por agremiações do setor agroexportador nacional. A exemplo do documento produzido na Fiesp, o manifesto das entidades do agronegócio não cita o presidente Jair Bolsonaro. Porém, opta por uma mensagem mais incisiva, ao descrever a atual sociedade brasileira como “permanentemente tensionada em crises intermináveis ou em risco de retrocessos e rupturas institucionais”.
O documento das entidades do agronegócio foi divulgado após a Fiesp decidir adiar a publicação de um manifesto que pediria a pacificação entre os três Poderes. A decisão surpreendeu signatários do documento e foi considerada unilateral. Skaf tomou a decisão depois de conversar por telefone com o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL).
Empresários e representantes de entidades também se surpreenderam com a reação do governo federal – na medida mais dura, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal decidiram deixar a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) caso o manifesto seja publicado. Desde o início, a preocupação era de que o texto não assumisse um caráter antigoverno.