Na manhã desta sexta-feira (13), o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ/RS), desembargador Voltaire de Lima Moraes declarou que as investigações sobre o ataque cibernético, realizado no início do ano, no sistema do Tribunal estão em andamento no âmbito da Policia Civil. Voltaire explicou que a investigação ocorre em segredo de justiça e, portanto, nenhuma informação complementar pode ser divulgada, além de considerar as invasões como “praga do século XXI”. O ataque hacker atingiu 165 Comarcas do Estado.
O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira, onde o desembargador também relatou como foi e está sendo desenvolvido o plano de trabalho no Poder Judiciário durante a pandemia no Estado. Segundo ele, os trabalhos presencias nunca estiveram integralmente estagnados, considerando que sempre houve uma equipe reduzida e um magistrado em todas as Comarcas, onde os casos de urgência foram todos atendidos, sendo que, o remoto sempre esteve em funcionamento.
Voltaire enfatizou em dizer que a principal bandeira da sua gestão é a modernização dos serviços prestados pelo Tribunal, bem como, de todo o Judiciário estadual e que o TJ-RS foi o primeiro a sugerir a nível de pais a criação de um comitê de combate a ataques cibernéticos, e que a sugestão foi aceita de forma receptiva pelos demais e que reuniões em torno do tema já acontecem.
Segundo o presidente, uma empresa já havia sido contratada para realizar a informatização do sistema, como por exemplo, a digitalização dos processos físicos, mas descumpriu cláusulas contratuais e teve seu contrato rescindido com o Tribunal.
Um novo processo licitatório já foi aberto e a expectativa, segundo o desembargador Antônio Amaro da Silveira, é que até meados de 2022 todos os processos sejam informatizados no Rio Grande do Sul, estando, portanto, a frente dos demais tribunais que, segundo previsão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Brasil terá seu sistema integralmente informatizado apenas em 2023.
Todos os olhos estão voltados para a blindagem do sistema de informática, porque o mesmo apresentou novas instabilidades em julho deste ano, deixando a equipe do TI em alerta.