A última quinta-feira 27 de maio é um dia que entrou para a história, quando por volta das 7h, na França, em assembleia geral, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu, oficialmente, o Rio Grande do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Com a certificação internacional, o estado passa a abrir um leque de mercado para a carne gaúcha, que antes era restrito a outros produtores de proteína animal.
Para o presidente da Associação Rural de Sant’Ana do Livramento este reconhecimento irá beneficiar muito os produtores possibilitando uma melhor remuneração, competividade, criação de novos postos de trabalho. Segundo ele, o município conta com 4% do rebanho total do Rio Grande do Sul que possui cerca de 13 milhões de cabeças de gado. “Isso parece um volume pequeno, mas nós temos o 2º maior rebanho do Estado. Este reconhecimento nos preocupa, porém, porque agora a responsabilidade passa a ser muito grande de parte dos produtores. A observação dos produtores, a notificação imediata de algum caso que possa surgir. Porque essa bonança que estamos vivendo neste momento de preço e de mercado, pode cair em 24 horas. Não podemos esquecer que o vírus da aftosa é altamente contagioso. Ele pode vir também em grãos, no pneu do caminhão, nos gados dos corredores, no javali que é um transmissor. São várias frentes que se têm que combater. A responsabilidade agora é nossa, não podemos ficar esperando somente pela Fiscalização do Estado.
O presidente D’Auria cita ainda outra preocupação que é a questão da indenização paga ao produtor em caso de um surgimento de um foco de aftosa, uma vez que todos os animais da propriedade são abatidos e há um risco de perda principalmente para os produtores de genética. – Isso nos preocupa, porque não há uma definição por parte do FUNDESA como isso será feito. Nós, aqui, estamos em uma fronteira seca e tanto o Uruguai quanto a Argentina continuam vacinando, então a parte sanitária precisar ter um controle bastante rigoroso porque, por exemplo, o nosso rebanho que nasceu agora não está mais imunizado por isso a necessidade de um cuidado redobrado em toda a operação – encerrou.
Recém-criado, mas com forte atuação junto aos produtores, o Instituto de Desenvolvimento Pecuário (IDPec) é mais uma entidade representativa do agro gaúcho. Na presidência do grupo está o advogado e produtor rural santanense Luiz Felipe Barros que destaca como fundamental a certificação do novo status do RS. “A pecuária gaúcha só tende a ganhar como isso. Com a abertura de novo mercado. Além da nossa carne já ser valorizada, a gente abre mercados, por exemplo, como o Japão que paga mais pela tonelada de carne. Mas precisamos nos ater nas medidas de segurança que serão efetivadas pela União e pelo Estado. Ao mesmo tempo a facilidade no manejo com o rebanho, mas existe é preocupação com a fiscalização e com o controle. Um foco pode colocar abaixo todo este status sanitário que se conseguiu e todo esse valor que a pecuária do RS tem. Então, esse controle precisa ser efetivado, não adianta ficar só pensando no FUNDESA, porque isso é uma medida reativa. Tem que se trabalhar para que não haja o foco. Porque se isso acontecer será um prejuízo gigante para o mercado gaúcho de carne”, concluir Luiz Felipe Barros.
Médica santanense participa de Congresso Gaúcho de Análises Clínicas
Nos dias 22 e 23 de novembro, a Dra. Mariana Villar, farmacêutica-bioquímica e sócia proprietária do Laboratório Dr. Bolivar, participou do Congresso Gaúcho de Análises Clínicas, realizado no Centro de Eventos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Entre os temas abordados estão biomarcadores cardíacos, inflamatórios, espermograma, além de gestão laboratorial. As palestras assistidas irão se reverter