ARTIGO – Fátima Daudt
Prefeita de Novo Hamburgo
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Cada onda do coronavírus é precedida por sinais contundentes. O primeiro deles, atestado quase que imediatamente por quem está na linha de frente do enfrentamento à doença, é o aumento de procura por atendimento nos centros de triagem dos municípios. Com as testagens, muitos casos suspeitos se confirmam, sinalizando que a disseminação do vírus está em alta. Precisamos frear esse ciclo da pandemia, pois não queremos uma nova onda da covid-19 no Rio Grande do Sul!
Nos últimos dias, coincidindo com a implementação de um novo modelo de monitoramento e controle da pandemia pelo governo do Estado, temos observado com preocupação o crescimento dos casos em várias regiões gaúchas. Várias regiões gaúchas já estão em alerta devido à sobrecarga nos hospitais e até impondo novas restrições às atividades.
Além disso, nossos vizinhos Uruguai, Argentina e o Estado do Paraná estão enfrentando um rápido crescimento dos casos. A terra de Maradona, aliás, vive agora o pior momento desde o aparecimento do vírus, o que levou a um lockdown de nove dias em várias regiões. O que acontece ao lado do Rio Grande do Sul é um sinal de alerta claro e inegável de que a transmissão do vírus está em alta no Cone Sul inteiro.
Outro ponto de enorme preocupação atual é a chegada ao país de uma nova variante do vírus, de origem indiana, no Maranhão, que está causando muitos problemas onde já foi identificada.
Por tudo isso, reforço o pedido para que todos se cuidem e sigam os protocolos definidos. Usem máscaras corretamente, limpem com frequência as mãos com álcool em gel e mantenham o distanciamento e os ambientes ventilados. Evitar uma nova onda da pandemia, que acarreta superlotação de hospitais e, consequentemente, a perda de vidas tão preciosas, depende muito de cada um de nós.
Nós, prefeitos, seguimos trabalhando arduamente com as equipes na vacinação em nossos municípios. Entretanto, precisamos que cheguem mais doses para encurtar o tempo necessário para proteger a população. Não mediremos esforços até que todos sejam imunizados. Até lá, reforço a necessidade de manter os cuidados. Se cada um se cuidar, o resultado positivo será de todos nós.