Na manhã desta quinta-feira (20), a secretária Municipal de Assistência e Inclusão Social, Gabriele Fernandes, confirmou que na próxima segunda-feira (24), o município receberá uma nova remessa de cestas básicas para distribuição da população carente. Segundo ela, o procedimento para retirada dos alimentos na secretaria segue o mesmo, cumprindo todo protocolo de cadastro das famílias.
“A nova remessa das cestas chegará na segunda-feira. O nosso maior problema é que elas não são compradas aqui no município, a empresa que ganhou a licitação não é santanense então temos esse problema de transporte. Assim que elas chegarem, nós iremos retornar à distribuição. Os procedimentos para receber os donativos seguem os mesmos e maiores informações podem ser obtidas aqui no Cadastro Único na secretaria”, disse.
Gabriele comentou também sobre o albergue e a situação dos moradores de rua, segundo ela todos os dias as equipes da Assistência e Inclusão Social realizam uma busca ativa para evitar que pessoas venham passar a noite na rua. “Nós recebemos vários chamados da população. Para atender essa demanda, temos uma equipe de prontidão que sempre que acionada vai até o local e faz a abordagem. Cabe salientar que nós convidamos essa pessoa para passar à noite no albergue, em muitos casos não temos sucesso. Pois nós temos várias regras no albergue que precisam ser cumpridas. Como por exemplo, é proibido o consumo de álcool ou droga no albergue, a pessoa tem que tomar banho; respeitar o horário de saída Às 7h da manhã, onde inclusive nós oferecemos o café. Então muitas pessoas não querem ficar lá por isso. Neste caso nós realizamos um relatório após a abordagem informando esses fatos”, destaca.
Gabriele comenta que a participação da população na comunicação dos casos envolvendo pessoas em situação de rua é muito importante principalmente neste período de temperaturas baixas, mas há casos onde a própria pessoa opta por permanecer nesta condição. “Temos um caso de uma senhora que está morando na rua na Avenida Tamandaré onde nós já fizemos quatro abordagens e todas sem sucesso. Inclusive, um grupo de voluntários entrou em contato com a gente para ajudar mas ela não quer. Nestes casos, o município não pode agir, diferente de Rivera, por exemplo, onde eles podem fazer a remoção compulsória. Mesmo a pessoa não querendo ir para o abrigo. Então essas pessoas acabam vindo para cá , porque sabem que não serão abordados e preferem ficar na rua –
A secretária disse ainda que o serviço que é oferecido no albergue oferece toda a estrutura e que muitas pessoas acabam procurando o local para tomar banho ou se alimentar “Nós temos outra questão aqui que são as imigrantes. Momentaneamente, a entrada está proibida no munícipio, mas é uma situação recorrente. Temos também o conhecimento de um casal indígena que está em situação de rua, inclusive já fizemos a abordagem para leva-lo para o albergue. São conhecidos nossos que vem vender o artesanato e depois vão embora. Além desse serviço de albergue nós distribuímos roupas e cobertores para a população em situação de rua e população geral. A loja solidária que funcionava antes lá no prédio da prefeitura agora é na secretaria de assistência e inclusão social”, afirmou.