As ações asiáticas fecharam mistas enquanto os futuros em Nova York se aproximam da estabilidade nesta madrugada de quinta-feira , enquanto os investidores pesam as atas do Federal Reserve que sinalizaram a possibilidade de um debate sobre a redução das compras de ativos.
As ações encerraram praticamente inalteradas no Japão, registrando perdas em Hong Kong e China e mostrando desempenho superior na Austrália. Os futuros dos EUA flutuam próximos da estabilidade depois que o S&P 500 recuou pelo terceiro dia consecutivo. Já o índice Nasdaq obteve um pequeno avanço, impulsionado pelos ganhos do final do dia em ações de tecnologia, incluindo o Facebook.
As atas do FED indicaram que alguns funcionários da entidade podem estar abertos “em algum ponto” para discutir ajustes no ritmo de compras maciças de títulos se a economia dos EUA continuar progredindo rapidamente. O rendimento do Tesouro de 10 anos de referência ficou estável depois de subir para 1,67%.
As commodities caíram em meio à preocupação com a inflação, possíveis restrições ao estímulo monetário e aos esforços da China para controlar os preços das matérias-primas.
As ações perderam força nas sessões recentes devido às preocupações com a inflação e o ressurgimento da Covid-19 em alguns países. Qualquer sugestão de um cronograma para reduzir o estímulo excepcional pode exacerbar essas tendências, embora os legisladores dos EUA tenham sinalizado que pretendem manter uma postura acomodatícia por um período prolongado.
O petróleo subiu depois de cair para o nível mais baixo em três semanas, com traders também preocupados com o aumento da oferta dos EUA e do Irã.
Por aqui, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi alvo nesta quarta-feira, 19, de operação da Polícia Federal que aponta seu envolvimento em suposto esquema de corrupção que atua na exportação ilegal de madeira.
Além de Salles, o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, e a cúpula do órgão ambiental são suspeitos de favorecer o contrabando de produtos florestais no País.
As suspeitas, que passam por nove tipos de crime, atingem em cheio um dos principais auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, eleito com a bandeira do combate à corrupção e que costuma repetir não haver irregularidades no seu governo.
Ainda na política, durante depoimento na CPI da Covid realizado ontem, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello fez ao menos dez alegações enganosas sobre sua gestão no combate à pandemia de covid-19, de acordo com a checagem do Estadão verifica. O ex-ministro será ouvido novamente em nova sessão marcada para hoje, às 09h30.