As ações asiáticas operam majoritariamente em baixa, bem como os futuros de ações dos EUA e da Europa nesta quarta-feira, já que as preocupações com a inflação mais rápida e os surtos de Covid-19 em alguns países seguem preocupando os investidores.
As ações australianas tiveram seu pior dia em quase três meses. Ações também caíram no Japão e na China após os principais benchmarks acionários dos EUA fecharam em baixa, com quedas verificadas entre as grandes empresas de tecnologia como a Amazon e Microsoft.
As ações seguem voláteis depois de atingirem um novo recorde no início de maio, afetadas por preocupações com a aceleração da inflação em meio a preços elevados de commodities, bem como um ressurgimento da Covid-19 em alguns países. Funcionários do Federal Reserve indicaram repetidamente que veem as recentes pressões sobre os preços como transitórias e pretendem manter a política acomodatícia por algum tempo. Os investidores estão aguardando as últimas atas do Fed para obter pistas sobre estas perspectivas.
Na última pesquisa com gestores de fundos do Bank of America , a inflação encabeçou a lista dos maiores riscos de cauda, seguida por uma crise no mercado de títulos e bolhas de ativos. Já o Covid-19 ficou em quarto lugar.
Por aqui, o ex-chanceler Ernesto Araújo jogou nesta terça-feira, dia 18, a responsabilidade sobre a estratégia para obtenção de vacinas para o Ministério da Saúde. Na prática, Araújo implicou o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuelo na escassez de vacinas, na véspera do interrogatório do general da ativa do Exército à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.
No depoimento, Ernesto Araújo também envolveu diretamente o presidente Jair Bolsonaro nas decisões de mobilizar a rede diplomática do Itamaraty em busca de medicamentos alternativos à vacina e sem eficácia científica comprovada, como a cloroquina fabricada na Índia e um spray nasal em desenvolvimento em Israel.
Evasivo durante o depoimento, Araújo disse que o Itamaraty servia como um executor de solicitações da Saúde, tanto na busca por insumos farmacêuticos, vacinas e equipamentos hospitalares. Toda a coordenação técnica e estratégica, segundo o ex-chanceler, era do Ministério da Saúde. “A linha do Itamaraty foi atuar na linha do que era pedido pelo Ministério da Saúde”, disse o ex-ministro das Relações Exteriores.
Nesta quarta-feira, o ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuelo, será interrogado pela comissão parlamentar de inquérito e deve se utilizar do direito de ficar em silêncio em algumas respostas.