Muitos santanenses estão reféns de um verdadeiro sequestro sofrido pelo site do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS). Desde quarta-feira (28), o sistema informatizado continua sob ataque cibernético. Os dados do Poder Judiciário estão aprisionados por um sistema que emite, de tempo em tempo, a mensagem de que bitcoins devem ser pagos em troca da liberação das informações, mesmo assim, os integrantes da Justiça não acreditam que o objetivo dos criminosos seja econômico.
O ataque cibernético vem causando instabilidade nos sistemas de informática do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, apenas o sistema Eproc, para consulta de processos, tem funcionado pela rede externa do Tribunal, com instabilidades. “Eu vejo esse ataque cibernético com muito pesar, muita tristeza”, destacou a diretora do foro local, juíza Carla Barros Siqueira Palhares.
“O fato desse ataque ocorrer, não significa que o sistema está errado ou que os processos precisariam voltar ao físico, porque teriam mais segurança, de modo nenhum, a gente tem que fazer adequação aos novos tempos e fortalecer os técnicos de informática para que sempre visitem a segurança. O Tribunal vai apurar a responsabilidade e vamos trabalhar para que novos ataques não ocorram”, complementou Palhares.
Para o conselheiro estadual da OAB e membro da Coordenação Nacional de TI, Carlos Thomaz Albornoz, é uma preocupação que expõe vulnerabilidades, que o Tribunal vai precisar bloquear. Para Albornoz, a única dificuldade que ele enfrentou nas últimas horas é o acesso ao sistema. “Logo que eu soube desse ataque não tenho acessado, aguardo o tribunal informar que podemos acessar”, afirmou.
O caso segue sob investigação interna do TJ, com apoio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos e de Defraudações da Polícia Civil também vai atuar no episódio. Na noite da quinta-feira (29), o Ministério Público anunciou que um Técnico da Promotoria Especializada Criminal foi designado para acompanhar as investigações da polícia.
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