A Fazenda Rogenbarh localizada na região do Cerro do Chapéu, distante 4 km da área urbana de Sant’Ana do Livramento, vem apostando na fruticultura como forma de diversificação da matriz produtiva modificando a paisagem do pampa e dos campos que antes eram apenas dedicados à pecuária. A Família Moraes, natural de São Paulo, trocou a agitada vida na “terra da garoa” pela tranquilidade da fronteira gaúcha onde hoje desenvolve a atividade frutífera de olho no mercado local. Após um minucioso estudo e manejo de solo apropriado, o plantio iniciou em 2014 com um pomar que conta com três qualidades de laranjas de mesa, como explica Marcos Moraes, um dos proprietários da fazenda: “Nós estamos, hoje, no sexto ano de trabalho direto com o pomar. Esperamos tirar de 180 a 200 toneladas de frutas durante essa safra”.
Com o sotaque paulistano característico, o produtor rural Rogério Moraes que toca o projeto junto com seu irmão, destaca que o próximo passo daqui para a frente é a construção de um packing house no qual é possível armazenar, selecionar, limpar, classificar e embalar os produtos e, por fim, para a mesa do consumidor. Ela é literalmente uma “casa de empacotamento” ou “de embalagem”, em geral localizada em regiões produtoras de frutas e hortaliças.
A packing house é importante porque provê tratamento e técnicas que garantem a melhora da qualidade do produto ao longo da cadeia produtiva. Em suma, ela contribui para o controle da oferta, para a melhora na aparência do produto e reduz os custos, em especial os de transporte. Vale citar que esse segmento evita ainda perdas na produção devido aos meios de processamento e empacotamento: “Esse será o primeiro packing house de frutas aqui de Livramento nessa área. Ele auxilia justamente nisso na seleção e processamento da nossa produção de maneira automatizada e padronizada. Nós temos vários parceiros neste projeto e também queremos buscar outros produtores para se somar ao projeto. Principalmente aqueles que trabalham com fruticultura cilíndrica”, disse.
O projeto está atualmente em andamento, mas aguardando a liberação da rede elétrica trifásica até a propriedade para o término do empreendimento, conforme explica o empresário Marcos Moraes: “Nosso foco aqui é o mercado local e regional. Pois, hoje o setor supermercadista e atacadista têm que buscar frutas de outras cidades e nesse trajeto o produtor acaba perdendo qualidade. Então, nós queremos colocar à disposição uma fruta fresca, recém colhida e produzida aqui em Livramento”, encerrou.
Câmara ouvirá Margareth Menezes sobre denúncias no Ministério da Cultura
Ministra terá que explicar uso político do Programa Nacional de Comitês de Cultura e cachês pagos com dinheiro público no Carnaval