Segundo dados do Ministério da Saúde do Brasil, atualizados nesta segunda-feira , o país contabilizava até o fechamento desta matéria 407.639 óbitos acumulados desde o início da pandemia. Esses números colocam não só o país em situação de alerta mas os países vizinhos também. Como é o caso do Uruguai que somente nos três primeiros meses de 2021 teve um aumento significativo nos casos de covid.
Fato este que forçou o governo uruguaio a tomar algumas medidas drásticas para evitar maiores contaminações. O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, anunciou então várias restrições como a suspensão das aulas presenciais fechamento de todos os órgãos públicos (exceto serviços essenciais), a suspensão de espetáculos públicos, o fechamento de academias e free-shops na fronteira, assim como a suspensão de festas e eventos sociais.
As medidas adotadas pelo governo uruguaio atingiram diretamente a economia local com a proibição da entrada de turistas brasileiros e o fechamento dos free shops que foi postergado até a segunda semana do mês de maio pelo menos.
Para Roberto Fervenza presidente da Associação Comercial e Industrial de Sant’Ana do Livramento ( ACIL), a decisão foi assertiva na intenção de tentar frear o contágio , mas por outro lado pode trazer consequências negativas para a economia local. – É uma situação muito preocupante. Porque uma coisa é um momento de dificuldade que o comércio enfrenta, outra coisa é uma extensão desse problema por meses e meses a fio. A situação é dramática para o comércio e para o setor empresarial como um todo. Podemos dizer que a única estrela que brilha é o setor rural que está sendo pouco afetado . Porque a nossa economia está sofrendo e muitos negócios estão quebrando –
O presidente destaca que a ACIL se solidariza com os empresários de Rivera que estão passando por essa situação com as lojas free shops fechadas assim como outros estabelecimentos que tiveram que cancelar as suas atividades. Fervenza comenta que a estratégia de fechamento e medidas adotadas pelo governo uruguaio são bastante parecidas com as que foram implantadas pelo governo estadual. – Nós estamos solidários a está questão. Pois entendermos a gravidade. E ao meu ver a medidas adotadas pelo Uruguai são bem parecidas com as nossas. Neste sentido nós a título de FEDERASUL pressionamos o governo do estado para que houvesse flexibilizações e conseguimos muita coisa com essa pressão. Sabemos que a Acir e a Associação dos Free shops estão tentando pressionar o governo em Montevideú até porque para eles é mais fácil conseguir reverter essa situação a nível federal, do que nós aqui , chegar até Brasília. Então é muito importante essa atitude que eles estão tomando. Nós aguardamos que essa situação se resolva logo e que o setor possa se recuperar o quanto antes”.