As ações asiáticas fecharam estáveis, enquanto os futuros em Nova York operam com ganhos modestos neste início de quinta-feira, com os investidores avaliando a recuperação econômica no cenário pós pandemia.
O petróleo opera em queda, após forte valorização causada pela interrupção do transporte, depois que um navio bloqueou o Canal de Suez.
Na Ásia, as ações japonesas tiveram desempenho superior, enquanto em Hong Kong a Tencent Holdings e a Alibaba Group “pagaram o pato” depois que os reguladores dos EUA ressuscitaram as ameaças de remover as maiores corporações da China das bolsas americanas. Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 subiram após uma forte migração, dos papéis ligados à tecnologia, para ativos considerados mais cíclicos.
O petróleo bruto West Texas Intermediate caiu para cerca de US $ 60 o barril, com acréscimo de mais de 5% na quarta-feira. Rebocadores e escavadores estão tentando desalojar o navio preso pelo terceiro dia no Canal de Suez, uma via de navegação crítica para o comércio internacional.
Os investidores estarão atentos ao leilão do Tesouro de sete anos dos EUA, já que a fraca demanda por este vencimento no mês passado, provocou um elevação atípica na curva de juros. A taxa de referência de 10 anos subiu de forma moderada no comércio asiático.
Os investidores estão avaliando quais setores do mercado de ações estão mais bem posicionados para se beneficiar de um crescimento econômico mais rápido, enquanto monitoram os riscos de uma inflação mais alta. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, e o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, equilibraram suas avaliações positivas da recuperação com lembretes de que ainda há um longo caminho a percorrer em um segundo dia de depoimentos no Congresso.
No front do vírus, a AstraZeneca relatou uma eficácia ligeiramente inferior para sua vacina em um estudo nos EUA. Os casos nos EUA ultrapassaram 30 milhões, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. O Brasil ultrapassou 300.000 mortes por Covid-19, a segunda maior do mundo.
Por aqui, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta quarta-feira, que o Legislativo não tolerará novos erros por parte do Poder Executivo no enfrentamento da pandemia da covid-19.
Também insinuou que poderá se afastar do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) caso o chefe do Executivo não melhore a forma como o governo vem lidando com a doença e, sem citar a palavra impeachment, disse que os “os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns, fatais.”
“Estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar: não vamos continuar aqui votando e seguindo um protocolo legislativo com o compromisso de não errar com o país se, fora daqui, erros primários, erros desnecessários, erros inúteis, erros que que são muito menores do que os acertos cometidos continuarem a serem praticados”, disse.
“Os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns, fatais. Muitas vezes são aplicados quando a espiral de erros de avaliação se torna uma escala geométrica incontrolável. Não é esta a intenção desta Presidência. Preferimos que as atuais anomalias se curem por si mesmas”, prosseguiu o presidente da Câmara.
“Então, faço um alerta amigo, leal e solidário: dentre todos os remédios políticos possíveis que está Casa pode aplicar num momento de enorme angústia do povo e de seus representantes, o de menor dano seria fazer um freio de arrumação até que todas as medidas necessárias e todas as posturas inadiáveis fossem imediatamente adotadas, até que qualquer outra pauta pudesse ser novamente colocada em tramitação”, finalizou.