Utilizando máscaras pretas, em respeito às vítimas do coronavírus, dezenas de profissionais demitidos da Santa Casa de Misericórdia protestaram em frente à Prefeitura, na manhã desta quinta-feira (25). Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores, o Sindisaúde, o protesto – que iniciou às 5h era para tentar dialogar com o Executivo, responsável pela intervenção no hospital. O Sindicato explica que foram 60 demissões em massa e outras seguem acontecendo.
“Como que estas 60 pessoas estão desempregas, passando necessidades extrema, sobrevivendo com doações”, questionou o presidente do Sindicato, Silvio Madruga. “Acabaram de deixar cestas básicas aqui, têm filhos atrás destes trabalhadores, têm as contas, o sindicato não pode se calar neste momento”, completou.
O ato foi realizado com cartazes e de maneira pacífica, já que não é permitido estar parado em locais públicos devido aos distanciamento social imposto pelo novo coronavírus. Foram realizadas paralisações do trânsito. Para Silvio, é impossível se calar diante de uma situação de injustiça como essa. “Nós queremos este hospital fortalecido”, afirmou.
“O sindicato tem que trabalhar com os poderes, tanto que nosso processo está ajuizado”, disse Silvio.
AVALIAÇÃO
Durante a manifestação, na manhã de hoje, o presidente do sindicato, falou sobre a consultoria contratada para o hospital. Na sua visão, foi positiva, porém, ponderou a falta diálogo entre o sindicato e o Executivo. “Ela não pode ser insensível”, afirmou Silvio se referindo à Prefeita.
“Não podemos ficar calados com 60 famílias aqui esperando doação da população, esperamos que a prefeita venha falar conosco”, concluiu.