Os empresários de Sant’Ana do Livramento estão organizando um ato de manifestação pacífica com o objetivo de voltar a abrir suas lojas. O ato está marcado para às 10h deste sábado (6), no Parque Internacional. A organização escolheu esse local, pois além da sua simbologia de integração de dois países, é um espaço amplo e o objetivo é todos os envolvidos nos atos estarem cumprindo com o distanciamento controlado. Segundo Andressa Ribeiro, proprietária de uma loja de produtos de beleza, a reabertura do comércio é necessária para que muitas lojas não tenham que declarar falência: “O objetivo é abrirmos nossas portas novamente, completamos uma semana de fechamento e teremos mais uma de portas fechadas, e tanto nós, donos de lojas, quanto aqueles microempreendedores que vivem do que ganham no dia a dia estão sentindo o fechamento temporário. As guias de arrecadação já chegaram e inclusive irão vencer antes mesmo de nós retornarmos às atividades. Não é um drama que estamos fazendo, é a realidade”, conta.
A organização destaca que um dos pontos principais para esta reivindicação é de que o comércio considerado não essencial é um dos que menos tem aglomeração, pois segue o regramento de capacidade, higienização e aferição de temperatura. “As vendas, desde o início da pandemia, reduziram e tanto nós, quanto os compradores, estamos ainda nos adaptando com a venda online e por telefone. Mesmo com as lojas fechadas, o movimento nas ruas segue o mesmo, ou até mesmo maior, então não é o comércio que promove a grande circulação de pessoas. As contas não param, aluguel, duplicatas, energia elétrica, enfim, se tudo isso também parasse não veríamos problema algum com o fechamento. É uma grande cadeia, com o fechamento das lojas, inicia uma reação negativa, onde até mesmo alguns ambulantes e locais que vendem lanches, por exemplo, acabam não arrecadando o valor de antes”, destaca a proprietária de uma loja de vestuário infantil.
O evento também apoia a decisão da prefeita Ana Tarouco de recorrer à bandeira preta. “Pedimos também a consciência, pois cansamos de ver eventos clandestinos, aglomerações e quem leva a culpa acaba sendo o comércio”, diz a proprietária.