Uma medida dura adotada pela direção do hospital Santa Casa de Misericórdia nesta semana causou grande repercussão na comunidade. Como parte do que será o anunciado Plano de Recuperação a ser implantado na instituição, foram demitidos em um único dia, na terça-feira, 59 funcionários de diversos setores do hospital. A direção informou, através de nota, que seria divulgado o planejamento para pagamento das rescisões, mas até a última quinta-feira, 25, isso não tinha sido cumprido. Em razão disso, os funcionários demitidos iniciaram a montagem de um acampamento na Praça General Osório, em frente ao Palácio Moysés Vianna, sede do Executivo Municipal. Os funcionários ocuparam o espaço desde às 6h, em uma tenda onde pretendem ficar instalados até que o Governo cumpra a promessa de divulgar um calendário para os pagamentos. O local está equipado com fogão para a preparação das refeições.
O presidente do SindSaúde, Silvio Madruga, ressaltou que já informou seus familiares de que estará 24 horas nesse acampamento aguardando a solução das pendências referente aos salários atrasados e as multas rescisórias. Será realizado um sistema de turnos, onde os funcionários demitidos irão se revezar na manutenção do espaço. “O hospital só está aberto por causa dos funcionários, muitos foram demitidos. Se continuar essas demissões, teremos colaboradores suficientes para a que a Santa Casa permaneça de portas abertas? Vemos hospitais da região contratando servidores para evitar uma sobrecarga em poucos funcionários e Livramento está indo na contramão”, Destaca Madruga.