O governador Eduardo Leite assinou, na quarta-feira (10), um decreto que proíbe a realização de corridas de cachorros galgos no Rio Grande do Sul. Além da medida, o Palácio Piratini enviou um projeto semelhante à Assembleia Legislativa, para conferir maior segurança jurídica à decisão. O decreto prevê punição em caso de descumprimento da ordem. As sanções possíveis são: advertência, multa, apreensão dos animais ou de objetos, embargo de obra ou atividade, demolição de obra e suspensão parcial ou total de atividades.
As denúncias aconteceram no mês de janeiro em rede nacional, quando a equipe de investigação da RBS TV, a serviço do programa semanal Fantástico, veio até Livramento, em dezembro, e acompanharam uma carreira realizada na cidade. Proibidas na Argentina e Uruguai, as corridas de galgos eram, até então, comuns para os santanenses, pois eram realizadas em canchas retas, como a da avenida Brasília, por exemplo. Os galgos são cães que costumam ser dóceis, passam se comportar de forma violenta depois de receber medicamentos energéticos antes das competições. Por trás dessa aparente diversão, existe desrespeito às normas para evitar a Covid-19, apostas em dinheiro e também maus-tratos.
Os cães correm diante de um pano que imita as feições de uma lebre, puxado por um cabo. Imaginando perseguir a presa, o galgo corre desesperadamente até a linha de chegada. Ao término de uma dessas baterias, a reportagem flagrou o momento em que os cães passaram a se atacar uns aos outros, violentamente, a ponto de os donos terem de intervir.
O Governador ressaltou a importância dos cuidados com os animais: “Cuidar dos animais nos torna mais humanos, por cuidar de seres que não conseguem dar suas próprias respostas à violência que sofrem e também porque sabemos que a crueldade com os animais são a porta de entrada para outras violências contra os próprios seres humanos”.
O decreto também proíbe extermínio, maus-tratos, mutilação e manutenção de animais domésticos de estimação em cativeiros.