sáb, 12 de abril de 2025

Variedades Digital | 05 e 06.04.25

Conheça todas as etapas do atendimento aos pacientes da Covid-19

Desde a primeira triagem até a Unidade de Terapia Intensiva

Sant’Ana do Livramento registou o seu primeiro caso positivo de Covid-19 em março de 2020. Desde então, o município já soma mais de 3.500 casos positivos da doença, sendo que, até o momento, 35 já perderam a vida em decorrência de complicações causadas pelo vírus. Recentemente começaram as primeiras vacinações no País e no Município. Entretanto, a pandemia ainda está longe de terminar.
Diariamente, todos os meios de comunicação trazem boletins com dados de novos casos, altas recentes e óbitos. Também nos noticiários é comum vermos os constantes apelos das autoridades no sentido de conscientizar a população e evitar uma eventual sobrecarga do sistema de saúde, como recentemente no Amazonas. Aliado a isso, também não é raro, vermos relatos de profissionais da Saúde que, agora já estão começando a receber as primeiras doses das vacinas contra o vírus, mas mesmo assim, estão exaustos.

Do lado de cá, longe da rotina extenuante e dos longos plantões médicos enfrentados por essa classe, o que se sabe sobre pandemia são apenas números. Infelizmente, por todo esse isolamento, que é necessário por medidas sanitárias, a real situação, mesmo que grave, acaba sendo naturalizada. Pensando nisso, o jornal A Plateia buscou conhecer de perto como funciona o atendimento às pessoas que buscam na Santa Casa o amparo contra o Covid-19.

Além desta reportagem, uma produção audiovisual deve ser disponibilizada em nossas plataformas com relatos de quem está na linha de frente do combate à doença. Tudo começa na tenda de triagem número 1. Montada estrategicamente em frente à entrada do Pronto Socorro da Santa Casa, o local foi pensado para ser o primeiro ponto de contato com os profissionais da saúde para quem chega de fora.
Dentro da primeira tenda, os pacientes respondem a um questionário acerca dos sintomas que estão sentindo. Além de terem sua temperatura corporal aferida, também passam por testes de pressão arterial e também a taxa de saturação de oxigênio na corrente sanguínea. Caso os pacientes não apresentem nenhuma complicação no trato respiratório, nem febre, são encaminhados ao Pronto Socorro para aguardarem normalmente pelo atendimento.

Já se apresentarem qualquer tipo de sintoma característico da Covid-19, ou de qualquer outra síndrome respiratória, são encaminhados para a segunda tenda, onde passam por nova triagem. No novo espaço, já no local onde funcionava o estacionamento privativo do hospital, ao lado da entrada principal, os pacientes aguardam para receberem o atendimento de um dos médicos de plantão.
Cabe salientar que o local serve como um pronto atendimento ambulatorial e não como pronto socorro. Desta forma, na segunda etapa da triagem, os pacientes são submetidos a novos testes com o médico de plantão e, em casos onde é necessário, podem receber medicações e até oxigênio em um setor específico para esse suporte. Os pacientes com suspeita também podem ser submetidos ao teste PCR no local, onde são cadastrados na plataforma do Sistema Único de Saúde (SUS) e junto à Vigilância Epidemiológica, para que o caso possa ser acompanhado até o resultado efetivo do exame. Caso o resultado do teste saia negativo, os pacientes são comunicados e liberados do isolamento. Em um cenário onde o resultado venha positivo, o paciente é mantido em isolamento domiciliar, nos casos mais leves e, quando há necessidade, são trazidos novamente para o ambulatório para receberem o atendimento.

Se a situação for estabilizada, são novamente encaminhados de volta ao seu isolamento. Caso contrário, são submetidos a exames de Raio X e/ou tomografias, que também estão disponíveis no setor próximo ao ambulatório. Ainda assim, em cenários mais graves, onde há necessidade de um acompanhamento médico mais rigoroso, os positivados são encaminhados à Ala Covid do hospital.
Quanto à circulação, as normas dentro do espaço do prédio são bastante rigorosas. Toda vez que um paciente que testou positivo para Covid-19 precisa circular nos ambientes fora da ala reservada para o tratamento da doença, todas as pessoas são retiradas dos corredores, bem como a equipe de higienização é acionada para desinfetar o local. Ainda quando for transitar por áreas comuns, o paciente utiliza máscara, luvas e touca, para garantir ao máximo a segurança dos demais.

A Ala Covid ocupa um lugar exclusivo no andar térreo do prédio do hospital. Os demais pacientes que estavam antigamente no espaço, foram transladados para unidades no andar superior. Próximo dali, mais um espaço exclusivo para o tratamento da doença, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Com capacidade total para 10 pessoas, a unidade conta com dois leitos específicos para atendimento à Covid-19.
No local, a equipe trabalha em turnos de 12 horas medicando e prestando toda a assistência necessária para quem está ali. Durante a visita às instalações, a equipe do jornal A Plateia conversou com uma das profissionais que atua no local, além de relatar um extremo cansaço, físico e mental, a servidora também disse que é de suma importância que a população continue tomando cuidado e evitando comportamentos de risco. Ainda em sua fala, a enfermeira disse que todas as atitudes que são tomadas pela população do lado de fora do hospital, refletem diretamente no trabalho das equipes dentro do sanatório.

Gestão pública do futuro: capacitação em Ronda Alta foca em inovação, transparência e eficiência

Nesta quinta-feira (10/04), a Câmara de Vereadores de Ronda Alta sediou importante evento dirigido a prefeitos, secretários municipais e servidores das áreas de licitações e contratos da região. A iniciativa, que visou a capacitação dos agentes públicos, contou com a participação do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS), Edson Brum, e dos auditores