Apesar de muitas reuniões estarem acontecendo no município para tentar buscar uma solução para a Santa Casa de Misericórdia, o hospital entrou no seu segundo dia de paralisação sem nenhuma proposta formal apresentada aos funcionários que seguem de braços cruzados em frente a instituição.
Na manhã de ontem, os vereadores que fazem parte da Comissão de Saúde do Legislativo Municipal, estiveram reunidos na prefeitura com o prefeito em exercício, Evandro Gutebier para tratar do tema. O encontro decorreu com a intenção de fiscalizar a atual situação e dialogar acerca de algumas alternativas ou medidas que poderiam ser tomadas pelo Executivo, para resolver a situação da saúde pública municipal, neste momento.
Apesar do encontro nenhuma proposta foi apresentada ainda. A atual gestora da Santa Casa, Leda Marisa, em entrevista na Rádio Rcc FM na manhã de hoje, destacou que estão sendo feitos todos os esforços possíveis para atender à demanda dos trabalhadores, pois a situação da instituição é bastante delicada por conta do seu grande passivo mensal. “ Nós estamos fazendo de tudo para buscar uma solução para esse impasse. Haja vista que o município não tem recursos extras pra isso, mas, mesmo assim, nós estamos comprometidos com essa questão. As negociações seguem abertas, como não poderia ser diferente. Hoje cedo conversei com o prefeito em exército e solicitei a ele que dê um sinal o quanto antes para os trabalhadores para que sejam contemplados no seu direito que estão pendentes, principalmente em relação ao mês de dezembro” disse a diretora.
Segundo Leda, mesmo com parte dos trabalhadores em greve, os atendimentos de urgência e os serviços essenciais estão funcionando normalmente. Já o presidente do SindiSaúde, Silvio Madruga disse que nenhuma proposta foi apresentada e que os trabalhadores, por meio do grupo que os representa, querem o pagamento de 100% do mês de dezembro que está atrasado. “ Até agora não recebemos nenhuma proposta. A greve continua e o grupo de trabalhadores querem o pagamento na sua integralidade. É uma decisão deles. Nós só somos os interlocutores”, disse.
Conforme Madruga, ficou agendado para amanhã, quarta-feira (27), uma manifestação pública dos trabalhadores da Santa Casa na tribuna popular da Câmara Municipal de Vereadores para tratar sobre o assunto.