No último final de semana, o atleta santanense Nidgie Pinheiro esteve em São Paulo, mais precisamente no estádio do centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na Vila Clementino, para participar do Troféu Brasil Caixa de Atletismo. O evento é o maior da modalidade na América Latina e reuniu os melhores atletas do País. Durante os dias do evento, Pinheiro competiu nas provas de cinco e dez mil metros rasos, ficando nas duas oportunidades entre os 20 primeiros colocados.
Com o desempenho apresentado durante o evento, o atleta chamou a atenção dos responsáveis pela equipe Noroeste Runer, de Ijuí, que ofereceram a oportunidade de um novo vínculo. “É uma equipe nova, bem estruturada. […] Tudo o que um atleta quer é uma equipe com estrutura para ampará-lo, dar o que é preciso”, pontuou Pinheiro ao falar sobre a nova etapa da carreira. Já como atleta da Noroeste, o santanense disse que conversou com a equipe e já começou a pensar na preparação para participar das maiores competições do mundo. “Já tive uma reunião com a nova treinadora. Eu falei pra ela que a minha meta a longo prazo é a maratona de Paris e se tiver a possibilidade de ir para as olimpíadas de Tóquio eu quero buscar”.
De acordo com Pinheiro, seu trabalho e seus esforços estarão voltados para garantir o seu lugar entre os cinco melhores corredores do Brasil até junho. “Eu fui lá e vi que dá. Esse ano pra mim foi difícil na parte comercial, por causa da pandemia, mas na parte pessoal também foi um ano muito difícil pra mim e eu consegui em 17° lugar. O Troféu Brasil é a maior competição da América Latina e eu estou entre os 20 na tabela de classificação”, observou. Com 11 anos de carreira, sendo seis em alto nível, o atleta afirmou que 2020 foi um dos anos em que foi mais exigido psicologicamente. Isso porque, além dos efeitos da pandemia, uma semana antes de competir em São Paulo perdeu a sua avó, uma das maiores incentivadoras de sua carreira. “Antes da minha avó falecer, eu estava treinando. Eu cheguei no hospital, entrei no quarto, peguei na mão dela e ela morreu. Quando eu perdi a minha avó, eu entendi. Foi sofrido, foi dolorido, mas eu me tornei muito forte”, pontuou.
Em relação à nova etapa de sua carreira, Pinheiro está confiante e se considera preparado para os desafios. “Eu vou ter que me esforçar bem mais, porque eu não pretendo trabalhar menos para treinar mais, eu não pretendo estudar um pouco menos, não pretendo tirar um pouquinho do meu horário de estudo para treinar mais. Eu tenho que me organizar, meus dias vão ser bem corridos”. O atleta ainda completou. “O amadurecimento que eu tive nesse ano difícil, eu
vou usufruir nessa etapa. Entender que eu estou buscando algo grande. Eu estou preparado pra encarar essa dificuldade porque eu vou escrever o meu nome na história”.
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