dom, 20 de abril de 2025

Variedades Digital | 19 e 20.04.25

Secretaria da Agricultura monitora surto de gafanhotos no RS

Os insetos que estão atacando lavouras na região noroeste do Estado não são da mesma espécie dos gafanhotos que foram identificados na Argentina e possuem menor risco de infestação

Estamos no último mês de 2020, o ano onde parece que tudo de estranho que poderia acontecer, de fato, aconteceu: da pandemia, às enchentes e secas severas, luzes no céu, registro de meteoros caindo em solo brasileiro, tornados e ciclones, entre outras coisas. Parece até roteiro de ficção, mas não é. Basta ligar a TV. Entre todos esses fatos bizarros, um que causou grande repercussão em nosso país, mais precisamente em nosso Estado, foi a formação de gigantescas nuvens de gafanhotos na Argentina, muito próxima a nossa fronteira na metade do ano. O que acabou colocando os serviços de vigilância agropecuária do Estado em alerta máxima, pois o risco de os insetos invadirem nosso território era grande, com potencial muito destrutivo para lavouras e plantações já que as nuvens eram formadas por bilhões de insetos.
Felizmente, elas foram contidas em solo argentino por intervenção dos fiscais agropecuários daquele país e o clima também ajudou. Pois é, mas o assunto continua em pauta, só que agora o problema enfrentado pela Secretaria Estadual de Agricultura do Estado é com o surto de gafanhotos na região noroeste do Rio Grande do Sul onde, desde 30 de novembro, tem se registrado a ação em larga escala desses insetos.
Nesta semana, a reportagem do Jornal A Plateia conversou com o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr, Ricardo Felicetti, que disse que equipes de fiscais estão monitorando o surto e que o Estado já vinha se preparando desde 2017 para este tipo de ocorrência desde que um estudo foi realizado apontando que este tipo de comportamento dos insetos será cada vez mais frequente em nosso país pelos eventos climáticos, assim como ocorrem em outros países. “Nós temos uma série de ações a serem adotadas caso sejam necessárias desde a utilização de agentes químicos a outros métodos de controle. Não há motivo para pânico pois esta espécie não é de potencial dano, como a registrada na Argentina. Mas igualmente estamos monitorando a sua ação”, disse.
Segundo o engenheiro, no local foram coletados indivíduos para identificação das espécies de gafanhotos que estão ocorrendo na região, determinando a incidência e a intensidade de desfolha nos cultivos e áreas de mata.
Felicetti destaca que os municípios com relatos de focos foram Santo Augusto, São Valério do Sul, Chiapeta, Coronel Bicaco, Campo Novo e Bom Progresso. “Foram identificadas, pelos especialistas, duas espécies de gafanhotos pertencentes à família Romaleidae, Zoniopoda iheringi e Chromacris speciosa. Não se tratam de gafanhotos migratórios da família Acrididae, pela qual foi motivada a Portaria de Emergência Fitossanitária devido ao risco de ingresso pela Argentina a partir do mês de maio”, esclarece.

Audiência Pública em Brasília debaterá crise no Agro Gaúcho e buscará soluções urgentes

  A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados, realizará, no dia 22 de abril (terça-feira), às 15h, uma Audiência Pública crucial para debater a grave situação do agronegócio no Rio Grande do Sul. Proposta pelo deputado federal Afonso Hamm, a iniciativa visa encontrar soluções urgentes para os desafios que assolam o setor, como os