Nesta segunda-feira (23) um caso de estupro de uma menina de 4 anos foi registrado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). No relato, a mãe da menina disse que o abuso teria sido praticado pela antiga babá e seu companheiro. Já na noite de terça-feira (24), a mãe da vítima foi até o conjunto residencial onde o casal reside e causou diversos danos ao imóvel. A Brigada Militar foi acionada e o caso também foi registrado na delegacia. Ao longo da quarta-feira (25), vídeos da mãe da criança tentando fazer justiça com as próprias mãos e fotos do casal, junto com nomes e endereço começaram a circular nas redes sociais.
Para entender como o caso está sendo tratado, a Reportagem do jornal A Plateia entrou em contato com a Delegada Giovana Muller, responsável pelo caso. “O que nós temos, são as informações do registro da ocorrência registrado pela mãe dessa menina, onde é informado que ela teria sido vítima de atos libidinosos, que, legalmente, são enquadrados como estupro de vulnerável”, explicou. A Delegada também disse que a investigação está em fase inicial e classificou como temerária a divulgação de imagens e dados dos suspeitos. “Não estou acompanhando pelas redes, a gente tem muito trabalho, não sabia que havia sido divulgado fotos. Acho que isso é temerário porque nós não temos elementos. Os fatos relatados são graves e nós iremos apurar se houve autoria e materialidade”.
Quanto a vítima, Giovana informou que a menina foi encaminhada para um profissional para receber um acompanhamento psicológico adequado, o que pode ajudar tanto no processo de identificação e apuração, quanto na recuperação do trauma. “Está sendo feita toda a apuração no sentido de comprovar se realmente houve isso aí. Há um encaminhamento da vítima para uma avaliação com psicólogos, que não é feita também de uma hora pra outra, […] o que nós temos que fazer, já estão sendo adotadas as providências”, pontuou.
Sobre a vítima ser submetida a exames, a Delegada explicou que, caso tenham ocorrido, esse tipo de violações não deixa vestígios, portanto, seria desnecessário expor a criança. “Essa prova não é de um dia pra o outro que a gente consegue. […] Não temos nenhuma situação de flagrância envolvendo a possibilidade do estupro”, finalizou.