sáb, 23 de novembro de 2024

Variedades Digital | 16 e 17.11.24

Um limite entre nós e as cercas ao redor

Denzel Washington plays Troy Maxson and Viola Davis plays Rose Maxson in Fences from Paramount Pictures. Directed by Denzel Washington from a screenplay by August Wilson.

O nome do filme, no original, é “Fences”, significa “cercas” e é exatamente sobre o que o filme se trata. Esse filme tem uma cena que me marcou muito e que renova a razão de eu amar cinema. Escrevendo nesse momento eu me arrepio ao lembrar daquela cena. Sem Spoilers. Momentos assim, quase inexplicáveis, fazem com que eu admire essa arte. A emoção! Por que essa cena me impactou? Que elementos o diretor usou para criar a atmosfera que criou a ponto de me deixar, como espectador, emocionado? É difícil dizer. O processo criativo de construção de um filme é longo e demanda diversos detalhes e a forma como esses detalhes são usados e a atenção que é dada a cada momento do processo criam esse impacto. Isso é fascinante! É um filme que se você ainda não viu, recomendo muito que veja, e quando você vir vai saber qual a cena estou me referindo.

Um filme estrelado e dirigido por Denzel Washington não poderia ser nada menos que uma grande obra de arte. Renomado ator e diretor americano, Denzel possui uma dedicação fora do comum ao apresentar seus trabalhos. Convidou ninguém menos que Viola Davis para compor o elenco, ela que já havia interpretado a personagem na peça de teatro na qual o filme é baseado, entrega uma performance digna do Oscar que recebeu merecidamente. É um filme dramático. Que mostra de maneira crua, a difícil realidade da maior parte das famílias não só americanas, mas do mundo todo. Um homem encarregado de trabalhar para fornecer o sustento para a família. Uma mulher dona de casa e submetida às tarefas de casa e à imposição do marido. Um filho adolescente que não entende os motivos da situação difícil que vivem. Esses são os personagens centrais, mas há muito mais na composição desse filme. Ao que diz respeito das cercas que criamos entre as pessoas, na nossa própria família; as cercas de verdade que nos separam das demais pessoas a nossa volta e as cercas que criamos para nós mesmos e que acabam nos impedindo de sermos quem realmente somos.

Um filme com uma profundidade imensa, que conta com atuações magníficas e uma direção fantástica. Um filme que traz cenas marcantes, e traz uma história forte. Emocionante! À medida que o filme avança e você vai conhecendo o universo dos personagens e a realidade vivida por eles, e acaba ficando imerso aos conflitos existentes entre os personagens é possível perceber que, o que cada um de nós enfrenta, como “guerra” pessoal, e que reclamamos da vida, muitas vezes sendo injustos com isso, com um pouco de empatia, vemos que existem famílias em situações muito mais difíceis de enfrentar e mesmo assim, não medem esforços para tornar a vida menos difícil.  Um filme sobre família, sobre os limites das pessoas e sobre uma realidade social que merece ser contada.

 

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A liberdade de imprensa é mais do que um direito fundamental, é um alicerce indispensável para o funcionamento de qualquer sociedade democrática. Em sua essência, é a garantia de que jornalistas e meios de comunicação podem atuar sem medo de censura ou repressão, permitindo que a verdade seja revelada e que o poder seja questionado. Em tempos de desinformação e