A operação Sem Misericórdia deflagrada nesta quarta-feira (23) pegou a todos que trabalham na Santa Casa de Sant’Ana do Livramento. Buscando informações sobre a atuação do Instituto Salva Saúde no Hospital, os agentes federais levaram uma pasta com documentação com relação às movimentações na instituição.
Além do Hospital santanense, outros 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Rio Grande do Sul e em outras cidades do Espírito Santo. Ordens judiciais de sequestro e bloqueio de bens e contas bancárias também foram expedidas pela 22ª Vara Federal de Porto Alegre.
DIREÇÃO DA SANTA CASA
A direção da Santa Casa entregou toda documentação solicitada pelos agentes e o diretor da instituição afirmou que a é uma administração de transparente. “(…) Não existe nada contra a instituição de saúde Santa Casa ou esta administração. Os agentes estão buscando informações sobre o instituto salva saúde e o que nós tínhamos, uma pasta de documentos, foi levada”, afirmou ele destacando que a Santa casa está à disposição da justiça para prestar as informações necessárias.
GRUPO CRIMINOSO
De acordo com a Polícia Federal, no período do contrato, a organização social subcontratou duas empresas pertencentes ao mesmo grupo criminoso para a execução de atividades de assessoria e consultoria, em valor global superior a R$ 1 milhão, como forma de justificar o desvio de verbas realizado por diversas transferências bancárias ao longo de todo o período, bem como permitir a contabilização nas empresas de destino como se os recursos fossem lícitos.
A PF explicou também que notas fiscais e contratos com empresas de fachada foram forjados com o propósito de sustentar as transferências ocorridas anteriormente sem o adequado lastro contábil. A estimativa é de que mais de R$ 1,5 milhão foram repassados para diversas pessoas físicas investigadas, principalmente para o diretor da organização social contratada pela prefeitura, que efetuou no período de contrato saques em espécie que somaram mais de R$ 500 mil.
CONTRAPONTO
Procurado por A Plateia, o presidente do Instituto Salva Saúde, Jan Chritopher Lima da Silva disse que deve encaminhar manifestação de contraponto. A Prefeitura afirmou que em breve emitirá uma nota com relação à operação.