Completamente destruídas, desde agosto de 2018, em virtude de enxurradas provocadas por grandes volumes de chuva, as pontes das ruas Valdomiro Bassedas e Presidente Vargas, no bairro São Paulo, devem ser reconstruídas e entregues à comunidade até o final de 2020. Pelo menos é o que garante o Executivo Municipal.
As obras, que iniciaram há poucos dias, só estão saindo do papel graças a destinação de mais de R$ 300 mil por parte da Secretaria Nacional de Defesa Civil. Com o valor, os dois trechos terão a área do córrego que corta as vias desobstruída, com a remoção do entulho ainda acumulado das antigas construções afetadas pelas chuvas, e também receberão a instalação das estruturas pré-moldadas de concreto que devem devolver a trafegabilidade ao local.
A verba para a recuperação dos trechos, dividida em R$ 142 mil para a rua Valdomiro Bassedas e R$ 160 mil para a rua Getúlio Vargas, já estaria nos cofres da Prefeitura desde o ano passado, segundo afirmou o vereador Romário Paz (MDB) em entrevista ao jornal A Plateia em dezembro. Desde então, o recurso aguardava apenas o processo licitatório que, em meio à instabilidade política no Executivo, acabou levando mais tempo para ser finalizado.
A Prefeitura estima que as obras devem ser concluídas em até 60 dias, o que enche os moradores da localidade de esperança, tendo em vista os recorrentes transtornos que a falta de mobilidade traz à comunidade local. Antes de as obras começarem, uma ponte de madeira chegou a ser improvisada pelos próprios moradores, o que, segundo eles, resolvia o problema da travessia, mas não oferecia segurança.
Com a ponte improvisada, cresceu o temor, principalmente em relação às crianças que residem próximo ao local, visto que o pontilhão improvisado não possuía proteção lateral. Os residentes relataram que, há pouco tempo, um motociclista caiu no córrego ao tentar realizar a travessia. Além do risco às pessoas, outro prejuízo à comunidade foi a alteração do trajeto da linha de ônibus que atende o bairro.
Com a fragilidade das pontes de madeira, a empresa responsável pelo transporte coletivo no bairro São Paulo decidiu alterar a rota para evitar que os veículos pesados passassem por cima dos pontilhões que, possivelmente, não suportariam o peso e poderiam causar um acidente. Com isso, quem antes contava com o transporte público praticamente na porta de casa, precisou aumentar o trajeto para embarcar no coletivo. Situação que deve terminar em breve.
Em contra partida, uma realidade que não deve sofrer alterações é a do morador da rua Valdomiro Bassedas, Alfredo Oliveira. Com a sua residência construída ao lado do córrego, Oliveira diz já não aguentar mais a situação em que vive, isso porque com os escombros da ponte antiga formando uma espécie de barragem, a ação da água provocou uma grande erosão no seu terreno que, desde então, vem sendo engolido aos poucos. Em contato com o Poder Público, o atual projeto não inclui áreas de contenção, mas, periodicamente, equipes são enviadas até o local para realizar a limpeza das áreas próximas ao córrego.
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